Dida – Edivaldo Alves de Santa Rosa

No dia 26 de março de 1934, nascia em Maceió, capital de Alagoas, o maior artilheiro do Flamengo antes da “era Zico” e que deu lugar a Pelé na seleção brasileira: o meia Dida.

Edivaldo Alves de Santa Rosa começou a jogar no CSA, time da cidade-natal, com apenas 16 anos. Logo se tornou destaque pela rapidez, inteligência, posicionamento e passes milimétricos.

Ainda jovem, foi duas vezes campeão estadual (1949 e 52) e passou a ser presença constante nas convocações da seleção alagoana. Em 1954, veio a melhor das participações.

Depois de uma excelente partida contra a seleção da Paraíba, foi levado para o Rio de Janeiro por olheiros do Flamengo. Fez um teste, foi aprovado e ali ficou por quase uma década.

Franzino e muito tímido, não escancarava na aparência a enorme qualidade com a bola no pé. Tornou-se o maior artilheiro da Gávea antes da famosa “era Zico” ao marcar 257 gols em 364 jogos.

Vestindo a camisa rubro-negra, foi campeão carioca (1953, 54, 55 e 63) e do Torneio Rio-São Paulo (1961). Não a toa, na mesma época passou a ser convocado para a seleção brasileira.

Dida era titular absoluto e foi para a Copa do Mundo de 1958. O meia disputou a primeira partida do torneio, mas se contundiu. Foi então que Pelé, com 18 anos, aproveitou a chance.

O “Rei” assumiu a posição e brilhou ainda naquele campeonato. Dida era considerado por muitos melhor que o próprio Pelé, mas acabou um pouco ofuscado por causa do banco de reservas.

Em 1964, o craque deixou o Flamengo e foi a São Paulo tentar a sorte na Portuguesa. Foi um dos escolhidos pelo técnico Aymoré Moreira, que havia sido campeão do mundo com o Brasil em 1962.

Dida chegou à Lusa ao lado de Henrique Frade, com quem formou uma inesquecível dupla na Gávea. Os dois brilharam com a camisa rubro-verde e entraram para a história do clube.

Naquele mesmo ano, não fosse prejudicada por uma arbitragem desastrosa de Armando Marques, a Portuguesa teria chegado à final do Campeonato Paulista contra o Santos de Pelé.

O meia jogou em um time de ídolos como Felix, Orlando, Ditão, Pampolini, Nair, Lorico e Ivair, o “Príncipe do Futebol”. Em 1966, já experiente, foi para a Colômbia defender o Atlético Júnior.

Foi lá que Dida encerrou a carreira. Apesar da fama na época dos gramados, perdeu grande parte do dinheiro que tinha e morreu na pobreza. O meia faleceu no dia 17 de dezembro de 2002.