Amaral – Alexandre da Silva Mariano

No dia 28 de fevereiro de 1973, nascia na cidade de Capivari, no interior de São Paulo, um dos mais folclóricos e carismáticos volantes que o futebol brasileiro já teve: Amaral.

Alexandre da Silva Mariano ganhou ainda jovem o apelido com o qual ficou conhecido em toda carreira. Foi pela semelhança física com um colega que jogava em uma equipe amadora.

Naquela mesma época, ainda antes de se tornar jogador profissional, trabalhou em uma agência funerária. E, por isso, sempre foi alvo de brincadeiras dos companheiros nos gramados.

Logo ficou conhecido como o “coveiro” do grupo. Amaral se formou nas categorias de base do Palmeiras, onde despontou como volante ainda no início da vitoriosa década de 1990.

Fez parte do histórico time alviverde que quebrou um jejum de 17 anos sem títulos. Foi campeão paulista (1993, 94 e 96), brasileiro (1993 e 94) e também do Torneio Rio-São Paulo (1993).

Em 1996, após fazer parte do famoso “ataque dos 102 gols” do Verdão, ganhou espaço na seleção brasileira. No mesmo ano, disputou os Jogos Olímpicos em Atlanta e ficou com o bronze.

Foi o suficiente para despertar a atenção de cartolas do exterior. Logo após a conquista olímpica, foi negociado com o Parma (ITA) e jogou ao lado de craques como Buffon, Crespo e Thuram.

No entanto, o volante não conseguiu se adaptar ao futebol italiano e foi transferido para o Benfica (POR). Com poucas oportunidades em uma equipe já fechada, foi emprestado ao Palmeiras em 1997.

Amaral então fez as pazes com a bola, voltou a jogar bem e ganhou mais uma chance na equipe de Portugal. Mesmo assim, não conseguiu se firmar no cenário europeu e teve de voltar.

Em 1998, gerou muita polêmica ao assinar com o Corinthians. A torcida palmeirense não aceitava que o jogador, com uma carreira tão marcante e vitoriosa no Parque Antarctica, fosse para o rival.

Com a camisa alvinegra, conquistou dois títulos de expressão. Foi nome importante dos títulos brasileiro (1998) e paulista (1999), voltando a ser considerado um atleta de alto nível técnico.

Ainda em 1999, topou fazer parte de um verdadeiro time de estrelas que montava o Vasco da Gama. Chegou ao lado de craques como Edmundo, Romário e Juninho Paulista.

Esse elenco dos sonhos não decepcionou e entrou para a história cruzmaltina ao conquistar o Campeonato Brasileiro (2000) e a então inédita taça da Copa Mersocul (2000).

Foi então que Amaral ganhou uma nova oportunidade no futebol italiano. Desta vez na Fiorentina (ITA), conseguiu se firmar e mostrar um bom futebol. Foi, inclusive, campeão por lá.

O volante fez parte do time que venceu a Coppa Italia (2000-01). Um ano depois, foi tentar a sorte no Besiktas (TUR), onde colocou no currículo a conquista do campeonato nacional da temporada.

Já experiente, Amaral se tornou um cigano da bola. Passou por Grêmio, Atlético-MG, Santa Cruz, Grêmio Barueri (SP), Catanduvense (SP), Itumbiara (GO), Poços de Caldas (MG) e Capivariano (SP).

No exterior, o volante ainda vestiu as camisas de Al-Gharafa (Catar), Pogoń Szczecin (Polônia), Perth Glory (Austrália), Manado United (Indonésia) e Persebaya Surabaya (Indonésia).