No dia 24 de abril de 1912, nascia na cidade de Miracema, no Rio de Janeiro, um dos maiores treinadores da história da Lusa e do futebol brasileiro: o polêmico Aymoré Moreira.
Após se consagrar como goleiro, pendurar as luvas e se formar em Educação Física, o atleta resolveu tentar a sorte como treinador ainda na segunda metade dos anos 1940.
Foi contratado pela Portuguesa em 1953 após bons trabalhos no futebol carioca e no rival Palmeiras. Aymoré comandaria um dos melhores times da Rubro-Verde em todos os tempos.
Ele liderou a equipe de Djalma Santos, Brandãozinho e Julinho Botelho na conquista da segunda Fita Azul. Na ocasião, a Lusa excursionou invicta por países da América do Sul.
Conquista essa resgatada no filme ‘Rubro-Verde Espetacular’, do Acervo da Bola:
Aymoré só não permaneceu na Rubro-Verde porque recebeu um convite para trabalhar na seleção brasileira. E, por lá, o treinador chegou ao auge da carreira quase uma década depois.
Em 1962, ele foi o escolhido pela então CBD para comandar a equipe canarinho na disputa da Copa do Mundo. No Chile, liderou o escrete brasileiro na conquista do bi mundial.
O treinador retornou à Lusa justamente depois de ter abraçado o mundo com a camisa verde-amarela. E voltou a montar times extraordinários e que não saem da memória do torcedor.
Foi dele a ideia de trazer a dupla de meias Henrique e Dida do futebol carioca. Foi ele que deu chances aos goleiros Felix e Orlando, fez brilhar Ditão e Nair, assim como projetou Ivair, o “Príncipe”.
A Lusa quase chegou ao título paulista em 1964, mas acabou parando no apito do árbitro Armando Marques em uma decisão polêmica e disputada contra o Santos na Vila Belmiro.
Aymoré ficou até 1966 e depois retornou em um breve período entre 1969 e 1970. É o terceiro técnico que mais vezes dirigiu a Lusa: 206 jogos. Faleceu no dia 26 de julho de 1998.
Crédito das imagens: Alberto Miranda e Sérgio Luiz Henriques