No dia 24 de abril de 1912, nascia na cidade de Miracema, no Rio de Janeiro, um dos principais treinadores que conquistaram o mundo com a seleção brasileira: Aymoré Moreira.
O futebol estava no sangue e na genética, afinal, a família toda entendia de bola. Aymoré era irmão dos craques e também treinadores Zezé Moreira e Ayrton Moreira.
Aymoré entrou para o mundo da bola ainda jovem e como goleiro. Iniciou a carreira no America-RJ, brilhou no Palestra Itália, defendeu o Botafogo e também atuou no Fluminense.
Neste período, entre os anos 1930 e 1940, ganhou diversas oportunidades na seleção brasileira. Quando pendurou as luvas, decidiu estudar Educação Física e se tornar técnico.
Iniciou a nova carreira no Rio de Janeiro, com passagens por Olaria, Bangu e São Cristóvão. Após uma rápida passagem pelo Palmeiras em 1951, chegou à Portuguesa em 1953.
Conquistou a segunda Fita Azul do clube lusitano, com uma excursão invicta pela América do Sul. Naquele time estavam craques como Brandãozinho, Djalma Santos e Julinho Botelho.
Aymoré chegou ao auge na carreira em 1962, quando foi o escolhido pela então CBD para ser o técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo no Chile.
Foi ele quem montou o esquadrão que marcou toda uma geração: Gylmar, Djalma Santos, Mauro Ramos, Zito, Zózimo, Nílton Santos, Garrincha, Didi, Coutinho, Pelé e Pepe.
O técnico ainda levantou duas Taças Oswaldo Cruz (1961 e 62), duas Taças Bernardo O’Higgins (1961 e 66), uma Copa Roca (1963) e a Copa Rio Branco (1967).
Depois da conquista, o treinador teve passagens de destaque pelo São Paulo e pelo Palmeiras. Mas, no time alviverde, voltou a ser campeão. Desta vez no banco, como treinador.
Ele comandou a famosa Academia de Futebol que conquistou o título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967, que anos depois foi reconhecido como Campeonato Brasileiro.
Aquele time tinha ídolos de ponta a ponta: Pérez, Djalma Santos, Baldocchi, Minuca, Ferrari, Dudu, Zequinha, Ademir da Guia, César Maluco, Tupãzinho e Lula.
Aymoré ainda retornou à Lusa entre 1963 e 1966, teve uma passagem marcante pelo Corinthians e defendeu clubes como Botafogo, Ferroviária, Cruzeiro, Vitória e Bahia.
O treinador ainda atuou no futebol português, comandando o Boavista e o Porto, além do futebol grego: Panathinaikos. Aymoré faleceu em Salvador no dia 26 de julho de 1998.
Imagens: Palmeiras, Wikipedia, Acervo Ivair Ferreira e Arte do Futebol