Uma das mais marcantes goleadas da seleção brasileira ocorreu no dia 29 de maio de 1960, quando superou a Argentina por 4 a 1 em pleno estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
A inesquecível vitória rendeu ao Brasil o título da tradicional Copa Roca – competição disputada apenas entre as duas seleções de 1914 a 1976, na maioria das vezes em jogos de ida e volta.
A equipe canarinho, então campeã do mundo, foi convocada por Vicente Feola com craques experientes como Gylmar, Djalma Santos, Dino Sani, Julinho Botelho e Servílio.
Naquele ano, as duas partidas foram disputadas no campo do River Plate. Na primeira delas, a seleção argentina venceu por 4 a 2, podendo até perder por um gol de diferença na final.
Três dias depois, as equipes se reencontraram e o Brasil foi implacável. O atacante brasileiro Delém, que àquela altura defendia o Vasco da Gama, abriu o placar aos 15 minutos.
E, aos 17 minutos da segunda etapa, fez o segundo. O resultado levou a partida para a prorrogação. Os argentinos não desistiram e descontaram logo de cara com Rubén Sosa.
No entanto, dois jogadores revelados pela Portuguesa e que atuavam no Palmeiras fizeram a diferença. Julinho Botelho colocou o Brasil novamente a frente no placar aos 14 minutos.
E, aos 5 minutos da etapa final da prorrogação, Servílio foi para as redes e calou os quase 30 mil torcedores que lotavam o Monumental de Núñez. Um silêncio de reverência.
Naquele clássico, o Brasil foi escalado com Gylmar, Djalma Santos, Bellini, Aldemar, Geraldo Scotto, Dino Sani, Chinesinho, Julinho Botelho, Décio Esteves, Delém e Roberto.
Já a Argentina do técnico Guillermo Stábile teve Ayala, Carlos Alvarez, Rubén Navarro, Nazionale, Juan Murúa, Héctor Guidi, Nardiello, Pando, Carceo, D’Ascenso e Raúl Belén.
O atacante vascaíno Delém chamou tanto a atenção dos argentinos que, ao fim da competição, foi contratado pelo River Plate. Lá, tornou-se um grande ídolo.