Brasil bicampeão do mundo (1962)

A seleção brasileira que embarcou para o Chile em busca da segunda conquista de Copa do Mundo em 1962 praticamente não tinha mudanças em relação ao time campeão em 1958.

Uma das poucas alterações – e talvez a principal delas – foi o técnico: saiu Vicente Feola e entrou Aymoré Moreira. Esse torneio, porém, não seria marcado por Pelé, mas por Garrincha.

Em mais uma campanha avassaladora, o Brasil somou vitórias em todos os jogos, com exceção de um: a Tchecoslováquia. Justamente o time que enfrentaria na final do campeonato.

– 1ª Fase:

Brasil 2×0 México

Brasil 0x0 Tchecoslováquia

Brasil 2×1 Espanha

 

– Quartas de final:

Brasil 3×1 Inglaterra

 

– Semifinal:

Brasil 4×2 Chile

No dia 17 de junho, Brasil e Tchecoslováquia entravam no gramado no Estádio Nacional, em Santiago, em busca da taça. Mais de 68 mil pessoas lotavam as arquibancadas.

Pelé se contundiu e foi substituído por Garrincha. A seleção brasileira foi a campo com Gylmar, Djalma Santos, Mauro, Zózimo, Nilton Santos, Zito, Didi, Amarildo, Garrincha, Vavá e Zagallo.

Apesar do favoritismo canarinho, os tchecos deram um susto e abriram o placar aos 15 minutos do primeiro tempo com Masopust. No entanto, a esperança dos rivais não durou muito.

Dois minutos depois, Amarildo tratou de empatar a partida. A virada brasileira viria na segunda etapa, com gols de Zito, aos 24 minutos, e Vavá, aos 33 minutos. A festa estava pronta.

A magia nas pernas e os quatro gols deram a Garrincha o título de melhor jogador daquela Copa do Mundo. O jornal chileno ‘El Mercurio’ estampou: “Garrincha, de que planeta vem?”.

Além dos dribles desconcertantes, Mané ficou marcado naquele torneio pelos cruzamentos perfeitos, pelas milimétricas cobranças de falta e pelos escanteios sempre perigosos demais.

Aquela Copa do Mundo teve seis artilheiros. Vavá e Garrincha do Brasil, Leonel Sánchez, do Chile, Albert, da Hungria, Valentin Ivanov, da União Soviética, e Jerkovic, da Iugoslávia.

Foi a última vez em que a Fifa permitiu uma Copa com jogadores defendendo uma seleção sem ter a nacionalidade dele. Entre eles estavam Di Stéfano, Puskas e Santamaria (todos na Espanha), além de Mazola, Maschio e Sivori (os três pela Itália).