No dia 25 de junho de 1954, nascia na cidade do Rio de Janeiro um genuíno boleiro dos morros que se tornou ídolo do Fluminense e chegou até à seleção brasileira: Carlos Alberto Pintinho.
O apelido “Pintinho” vinha da infância e se manteve durante a carreira dentro dos gramados. O jogador também era chamado por colegas de “Beira Rio” pelo lugar onde cresceu.
Os primeiros passos no futebol foram dados nos campos de várzea. Ainda criança, foi levado às Laranjeiras para participar de uma peneira. Qual não foi a surpresa? O jogador foi aprovado.
Pintinho foi se destacando nas categorias de base e chegou aos profissionais entre 1972 e 1973. O Fluminense daquela época tinha Gérson, o “Canhotinha de Ouro”, reinando no meio-campo.
Carlos Alberto amadureceu por um tempo no banco de reservas para se tornar um grande volante e meia da equipe. Substituindo Cleber em alguns jogos, ganhou a titularidade.
Com os cabelos desgrenhados e uma aparência desleixada, logo caiu nas graças da torcida e da imprensa. Era um incansável marcador, corria o campo todo e não deixava os meias em paz.
Pintinho se tornou um dos principais ídolos da chamada “Máquina Tricolor”, tendo conquistado os históricos, incontestáveis e inesquecíveis Campeonatos Cariocas de 1975 e 1976.
Em 1979, o volante foi convocado para defender a seleção brasileira na disputa da Copa América. No entanto, parou de ser chamado com a constante mudança de treinadores no Brasil.
Um ano depois, assinou contrato com o Vasco da Gama. Não teve a mesma sorte e sucesso com a camisa cruzmaltina, decidindo ir para o futebol espanhol defender o Sevilla e o Cádiz.
Carlos Alberto ficou quatro anos na Europa, sendo destaque nas equipes, apesar de não ter conquistado títulos. Retornou ao Brasil em 1985 justamente para encarnar as cores do Fluminense.
Em uma temporada, teve tempo de vencer mais um torneio estadual em 1985. Carlos Alberto Pintinho encerrou a carreira em 1986, quando estava em Portugal jogando pelo Farense.