No dia 17 de julho de 1944, nascia na cidade do Rio de Janeiro o capitão da seleção que, para muitos, foi a melhor em toda a história do futebol brasileiro: o lateral-direito Carlos Alberto Torres.
Com uma personalidade marcante e um forte espírito de liderança, ficou marcado como o capitão do título mundial do Brasil em 1970. Um lateral moderno, habilidoso, de toques perfeitos e visão de jogo.
O jogador foi revelado pelo Fluminense em 1963, quando participou da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos e conquistou a medalha de ouro. No ano seguinte, sagrou-se campeão carioca.
Em 1965, foi contratado pelo Santos para integrar o maior esquadrão que a equipe já teve, ao lado de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Os grandes títulos começaram a surgir.
Na Vila Belmiro, Carlos Alberto Torres passou a se projetar para todo o país e até para o exterior. Foi uma das peças fundamentais nas conquistas do Campeonato Brasileiro em 1965 e 1968.
Vestindo a camisa alvinegra, o lateral-direito ainda venceu cinco edições do Campeonato Paulista (1965, 67, 68, 69 e 73). Em 1970, veio a convocação para a Copa do Mundo, disputada no México.
Carlos Alberto Torres foi o capitão do time comandado pelo técnico Zagallo, que tinha como principais nomes Felix, Gérson, Tostão, Amarildo, Jairzinho, Rivellino e, claro, o “Rei” Pelé.
O “Capita”, como era apelidado, marcou aquele que é considerado o gol mais bonito daquele torneio: o quarto, na final contra a Itália, na inesquecível e inigualável goleada por 4 a 1.
Em 1971, o Santos emprestou Carlos Alberto Torres ao Botafogo, onde ficou apenas com o vice do Campeonato Carioca. Continuou no Peixe até 1974, quando acertou o retorno ao Fluminense.
O lateral-direito fez parte da famosa “Máquina Tricolor”. Ao lado dos parceiros Felix e Rivellino, foi campeão carioca em 1975 e 1976, estabelecendo uma hegemonia do time das Laranjeiras.
Teve uma breve passagem pelo Flamengo em 1977, mas seguiu o caminho dos grandes craques da época e foi participar do processo de popularização do futebol nos Estados Unidos.
Jogou ao lado de Pelé no New York Cosmos, onde foi campeão da NASL em 1977, 1978, 1980 e 1982. Também atuou no California Surf e resolveu se aposentar em 1982.
Depois, tornou-se técnico de clubes como Flamengo, Fluminense, Corinthians, Náutico, Once Caldas (COL), Monterrey (MEX), Tijuana (MEX), Botafogo, Atlético-MG, Paysandu, Querétaro (MEX), Unión Magdalena (COL), Omã e Azerbaijão. Morreu no dia 25 de outubro de 2016.