Portuguesa campeã da Taça São Paulo (1973)

No dia 1º de julho de 1973, a Portuguesa goleava o Palmeiras por 3 a 0 no estádio do Pacaembu e conquistava a Taça São Paulo, o pontapé inicial da jornada que terminaria com o título paulista.

Aquela temporada era de reestruturação para a Lusa. O objetivo era reconstruir o elenco após a famosa “Noite do Galo Bravo”, quando o então presidente Oswaldo Teixeira Duarte demitiu nada menos que seis craques de uma só vez.

Entre eles estavam nada menos que Marinho Peres, Samarone, Lorico, Ratinho, Piau e Hector Silva. O técnico Cilinho foi o eleito para reformular o plantel naquela virada de 1972 para 1973.

Depois de um primeiro turno instável no Campeonato Paulista, foi substituído por Otto Glória. Ele já tinha passado pela Portuguesa e se destacado na Copa do Mundo de 1966 com Portugal.

O novo treinador não conseguiu recuperação no primeiro turno, mas usaria o intervalo da para o segundo turno com o objetivo de implementar um novo padrão tático e realocar os craques.

Nesse meio-tempo, a Federação Paulista de Futebol promoveu a Taça São Paulo. A Portuguesa ficou no grupo da capital, ao lado de Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Juventus.

Otto mudou a tática da equipe, com duas linhas de quatro. A primeira com o lateral-direito Cardoso, o central Pescuma, o quarto-zagueiro Calegari e o lateral-esquerdo Isidoro.

Os laterais quase não apoiavam. Na frente da defesa, ele montou uma linha que tinha Xaxá, Cardoso, Badeco e Basílio postados à frente dos zagueiros de área e Wilsinho na frente de Isidoro pela esquerda. No ataque, o genial Enéas e o rápido Cabinho.

A Lusa chegou à final da Taça São Paulo sem sofrer sequer um gol. Foram cinco vitórias e dois empates. Na primeira fase, a Portuguesa venceu o São Paulo (2×0) e o Corinthians (1×0), empatando com Palmeiras (0x0) e Juventus (0x0).

Na semifinal, a Lusa venceu a Ferroviária pelo mesmo placar em dois jogos (1×0). A final seria disputada contra a Academia de Futebol do Palmeiras em pleno estádio do Pacaembu.

A Portuguesa não tomou conhecimento daquela equipe de Ademir da Guia, Dudu e Leivinha. Com dois gols de Wilsinho e um de Enéas, venceu por 3 a 0 e ficou com o troféu.

Poucos imaginavam, talvez nem Otto Glória, mas aquela vitória deu início a uma campanha avassaladora da Portuguesa no Campeonato Paulista. O time foi campeão do segundo turno.

Na final contra o Santos, houve a famosa e inexplicável confusão matemática do juiz Armando Marques na cobrança de pênaltis. No fim, um título dividido, mas que premiou aquela equipe.