Cilinho

No dia 9 de fevereiro de 1939, nascia na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, um dos principais treinadores da história do futebol paulista: Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho.

Quando jovem, tentou a carreira de jogador no Guarani, mas não conseguiu chegar ao time profissional. No entanto, foi na Ponte Preta que teve a primeira grande chance como técnico.

Comandou a Macaca entre 1969 e 1970, dando início à fama de descobrir e revelar jovens jogadores. Teve uma breve passagem pelo Mazembe, do Congo, e resolveu voltar ao Brasil.

A projeção mesmo veio na Portuguesa, em 1972, quando teve de reformular o elenco após o presidente Oswaldo Teixeira Duarte demitir seis destaques do time em uma derrota.

Na famosa “Noite do Galo Bravo”, o cartola dispensou Marinho Peres, Samarone, Ratinho, Piau, Lorico e Hector Silva. O técnico ainda passou por Sport, Paulista e XV de Jaú.

Cilinho chegou ao São Paulo em 1984 e foi responsável por renovar um time que se despedia de Waldir Peres, Serginho Chulapa, Zé Sérgio, Humberto, Almir e Heriberto.

O treinador foi um dos primeiros a dar oportunidade no time titular a craques como Silas, Muller, Sidney, Márcio Araújo e Nelsinho, que ficaram marcados como os “Menudos”.

Ele, porém, também foi muito questionado ao afastar o zagueiro Oscar sob a alegação de que desintegrava o elenco. E também ao colocar Paulo Roberto Falcão no banco de reservas.

Ficou marcado como um técnico observador e que sabia orientar jovens atletas, mas também por ter uma personalidade forte e dificilmente mudar de opinião diante da mídia.

Cilinho ainda voltou ao São Paulo, à Portuguesa e à Ponte Preta, além de atuar no Corinthians, no Santos, no Bragantino, no São José (SP), no America (SP) e no Rio Branco (SP).