Denílson de Oliveira Araújo

No dia 24 de agosto de 1977, nascia na cidade de Diadema, na Grande São Paulo, um dos canhotos mais rápidos e habilidosos que a seleção brasileira já teve: o meia-esquerda Denílson.

O jogador tinha a fama de incendiar as partidas, chamando a marcação e chegando à grande área na base dos dribles. Era um terror para os zagueiros, sempre com fintas desconcertantes.

Denílson de Oliveira Araújo deu os primeiros toques na bola em campos de várzea e em equipes amadoras da cidade-natal, entre elas o Ouro Verde. Passou a jogar ali em 1988.

Conforme foi crescendo e desenvolvendo o futebol, entrou para as categorias de base do São Paulo e não demorou a despontar. Em 1994, com apenas 17 anos, estreava entre os profissionais.

O meia-esquerda logo assumiu a titularidade e caiu nas graças da torcida. Fez parte dos excelentes times do Tricolor campeões da Copa Conmebol (1994) e do Campeonato Paulista (1998).

As primeiras convocações para a seleção brasileira surgiram e foram se tornando mais frequentes. Em 1997, foi campeão da Copa das Confederações. Em 1998, foi à Copa do Mundo.

O excelente futebol despertou os olhares dos cartolas europeus. Naquele mesmo ano, Denílson foi transferido do São Paulo para o Real Bétis (ESP) por mais de 30 milhões de dólares.

Ele se tornou, à época, o jogador mais caro a ser negociado com o exterior. O valor, porém, não condizia com o nível técnico do elenco. Não a toa, o Real Bétis (ESP) caiu para a segunda divisão.

Tentando evitar que o meia-esquerda perdesse valor, o clube espanhol o emprestou ao Flamengo para disputar a Copa João Havelange em 2000 e retornar no ano seguinte.

Vestindo a camisa do Real Bétis (ESP), Denílson foi campeão do Torneio Ramón de Carranza em 1999 e 2001. Conseguiu mostrar qualidade em campo e retornou à seleção brasileira.

Foi um dos escolhidos pelo técnico Luis Felipe Scolari para disputar a Copa do Mundo de 2002, tornando-se campeão e brilhando principalmente na semifinal contra a Turquia.

Os torcedores brasileiros não esquecem de um lance em que, cercado por quatro marcadores. Foram tantos dribles e fintas em sequência que os zagueiros só conseguiram parar com falta.

Denílson ficou na Espanha até 2005, quando conquistou a Copa do Rey. Já mais experiente, defendeu o Bordeaux (FRA) por um ano e resolveu apostar em uma proposta do Al Nassr, da Arábia Saudita.

Foi quando descobriu o mundo do marketing futebolístico, atuando em países menos desenvolvidos no futebol e nos quais a exibição dentro dos gramados era mais importante que tudo.

O meia-esquerda ainda atuou pelo Dallas (EUA), em 2007, antes de retornar ao Brasil e vestir a camisa do Palmeiras. Mesmo com mais idade e sem a mesma agilidade, conseguiu se destacar.

Denílson fez sucesso naquele time que conseguiu sair da fila e conquistou o título do Campeonato Paulista de 2008. Brilhou ao lado de companheiros como o chileno Valdívia e Kléber.

O jogador ainda passou pelo Itumbiara, de Goiás, pelo Xi Măng Hải Phòng, do Vietnã, e do Kavala, da Grécia. Encerrou a carreira em 2010 para se tornar comentarista de futebol.