Dirceu Lopes

No dia 3 de setembro de 1946, nascia na cidade de Pedro Leopoldo, no interior de Minas Gerais, um dos maiores craques que o futebol brasileiro teve em toda a história: o meia Dirceu Lopes.

Com apenas 1,62 m de altura, destacava-se pela velocidade e pela habilidade com a bola nos pés. Dominava e avançava pelo ataque como poucos, sempre deixando os colegas na cara do gol.

Dirceu Lopes Mendes recebeu o apelido de “Nó” ainda jovem, quando conciliava o futebol nos campos de várzea com o trabalho de pedreiro – afinal, ajudava o pai a criar mais 10 irmãos.

A atuação nos gramados, porém, foram chamando a atenção. O meia, então, foi levado para realizar testes no Cruzeiro, em Belo Horizonte. Acabou aprovado e mergulhou no esporte.

O jogador despontou ao lado do craque Tostão. Os dois subiram praticamente juntos para a equipe profissional. Dirceu, por exemplo, estreou no time principal na temporada de 1964.

Dirceu e Tostão logo se tornaram os grandes nomes daquela geração do Cruzeiro, encantando torcidas ao longo de todo o país e marcando presença constante na seleção brasileira.

O meia foi campeão mineiro por nove vezes (1965, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 74 e 75) e ainda foi um dos destaques na conquista do Campeonato Brasileiro de 1966, superando o Santos de Pelé.

Na ocasião, a imprensa mineira passou a apelidar o craque de “Príncipe”. O auge, no entanto, ainda estava por vir: levantar a taça da Copa Libertadores de 1976, batendo o River Plate (ARG).

Dirceu Lopes também venceu o prêmio “Bola de Prata” da ‘Revista Placar’ em 1971, 72, 73 e 74, além de ser considerado o melhor meio-campista do Campeonato Brasileiro em 1970, 71 e 73.

O jogador era nome certo nas convocações da seleção brasileira, mas ficou de fora da delegação que disputou a Copa do Mundo de 1970, o que gerou uma mobilização em massa na imprensa.

“Nó” ainda defendeu o Fluminense entre 1977 e 1978, encerrando a carreira no Uberlândia-MG dois anos depois. Continuou exibindo o futebol em equipes amadoras e em apresentações.

Imagens: Capítulo Dois, Sou Mais Flu, Tardes de Pacaembu