No dia 15 de junho de 1952, nascia na cidade de Curitiba um jogador que fez história entre os anos 1970 e 1980 não apenas na seleção brasileira, como no exterior: o meia Dirceu.
Jogou nas funções de armador, ponta-esquerda e até volante. Tinha um excelente preparo físico, não dava espaços aos adversários, era extremamente rápido e dava ótimos passes.
Dirceu José Guimarães iniciou a carreira no Coritiba e chegou aos profissionais em 1970. A técnica aliada à agilidade renderam a ele o apelido de “Formiguinha” assim que despontou.
Logo passou a se destacar, também surpreendendo a torcida com chutes certeiros a longa distância. Foi crucial para os títulos paranaenses do Coxa tanto em 1971 quanto em 1972.
Na temporada seguinte, foi para o Rio de Janeiro defender o Botafogo e jogar ao lado de Jairzinho e Fischer na meia. Ficou até 1976, quando se transferiu para o Fluminense.
Ao lado de Carlos Alberto Torres, Paulo César Caju e Rivellino, integrou aquele time histórico apelidado de “Máquina Tricolor”. O meia Dirceu foi, logo de cara, campeão carioca em 1976.
Em 1977, o craque mudou de clube novamente e passou a vestir a camisa do Vasco da Gama. Repetiu a sina de levantar troféus na chegada aos clubes, sendo novamente campeão estadual.
Nesse meio tempo, Dirceu era sempre lembrado pela seleção brasileira. Foi convocado para a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, e brilhou no mundial da Argentina, em 1978.
O excelente desempenho com a camisa canarinho deu a ele a oportunidade de ir para o exterior. Foi para o América, do México, e logo em seguida para o Atlético de Madri (ESP).
Tornou-se ídolo na capital espanhola e ficou cinco anos seguidos na Itália, defendendo Verona (ITA), Napoli (ITA), Ascolli (ITA) e Avellino (ITA). Retornou ao Brasil para jogar no Vasco.
De volta a São Januário, conquistou o último título da carreira: o Campeonato Carioca de 1988. Dirceu, porém, era um incansável e não queria largar a bola de forma alguma.
Lutou contra a idade e, com o excelente preparo físico que sempre teve, ainda rodou por Miami Sharks (EUA), Harvey Bologna (de futsal, novamente na Itália), Ebolitana (ITA), Benevento (também futsal), Giampaoli (ITA) e Yucatán (MEX).
Depois de encerrar a carreira, Dirceu passou a morar no Rio de Janeiro e atuar em times de veteranos. Foi vítima de um acidente de carro e faleceu no dia 15 de setembro de 1995.