Dodô – O artilheiro dos gols bonitos

No dia 2 de maio de 1974, nascia na capital paulista aquele que ficou marcado como o “artilheiro dos gols bonitos” e que era um terror para qualquer zagueiro: o atacante Dodô.

Sempre bem posicionado, tinha um excelente domínio de bola e raramente dava chances aos defensores. Com velocidade e uma precisão incrível, chutava a gol em qualquer oportunidade.

Ricardo Lucas Figueredo Monte Raso começou a carreira nas categorias de base do Nacional, clube tradicional da Zona Oeste de São Paulo, e chegou aos profissionais em 1992.

Com rápidas passagens por Fluminense e Paraná, passou a se destacar no São Paulo em 1997. Na equipe do Morumbi, formou uma excelente dupla de ataque com o clombiano Aristizábal.

Logo de cara, Dodô foi artilheiro do Campeonato Paulista e fez parte do elenco campeão estadual no ano seguinte, em 1998. Depois, foi artilheiro do Torneio Rio-São Paulo.

Ganhou as primeiras oportunidades na seleção brasileira com o técnico Zagallo. Vestiu a camisa tricolor paulista até 1999 e deixou no currículo uma marca de nada menos que 94 gols.

O artilheiro então foi defender o Santos, onde ficou até 2001, quando assinou contrato com o Botafogo. Dodô caiu nas graças da torcida ao livrar o time do rebaixamento no Brasileirão.

O craque, porém, passou a enfrentar uma série de contusões que o atrapalharam inclusive no Palmeiras (2002 e 2003). O “artilheiro dos gols bonitos” então resolveu ir para o exterior.

Esteve no Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, entre 2003 e 2004. Além de ter atuado pelo Oita Trinita, do Japão, em 2005. Voltou ao Brasil no ano seguinte e fechou contrato com o Goiás.

Não demorou muito para retornar ao clube onde era ídolo: o Botafogo. Dodô foi artilheiro e campeão carioca em 2006, além de ter ficado com o vice em 2007 – sendo ainda o maior goleador.

Aquele ano, porém, reservava um pesadelo para o jogador. Ele foi pego no exame antidoping com a substância femproporex na urina. Segundo o atacante, ela fazia parte de uma cápsula de cafeína manipulada, dada pelo próprio clube.

Dodô pegou 120 dias de suspensão, recorreu, retornou aos gramados e marcou em seguida o 300° gol da carreira. Ele venceu, na ocasião, a Chuteira de Ouro da revista ‘Placar’.

O artilheiro foi para o Fluminense em 2008, onde dividiu a titularidade com Washington e Leandro Amaral. No fim de 2009, o maior terror da carreira reapareceu.

O Tribunal Arbitral do Esporte julgou o recurso de Dodô e aplicou uma suspensão de dois anos, nos quais ele não poderia atuar em nenhuma atividade relacionada com o futebol.

O artilheiro só retornou aos gramados em 2010, defendendo o Vasco da Gama. Antes, no entendo, foi recusado em diversos clubes por preconceito com o doping e pela forma física.

Dodô ainda marcou diversos gols por clubes como a Portuguesa, o Americana, o Grêmio Osasco e o Barra da Tijuca. O craque resolveu pendurar as chuteiras aos 39 anos.

Imagens: Netvasco, Os Geraldinos, São Paulo FC