No dia 17 de setembro de 1970, nascia na cidade de Salvador, na Bahia, um dos jogadores mais habilidosos, polêmicos e controversos da história do futebol brasileiro: o atacante Edílson.
Baixinho, rápido e dono de um domínio de bola incrível, ganhou da imprensa o apelido de “Capetinha”. Não só por aterrorizar os adversários na bola, mas também pela personalidade forte.
Edílson da Silva Ferreira começou a despontar no futebol com a camisa do Industrial de Linhares, do Espírito Santo, e do Tanabi, do interior paulista. No entanto, foi revelado pelo Guarani.
Foi no Brinco de Ouro da Princesa que chegou aos profissionais. Foi o grande destaque do Bugre no Campeonato Paulista de 1992 e logo chamou atenção da diretoria do Palmeiras.
Contratado pelo time de Parque Antarctica, assumiu a titularidade e colecionou títulos marcantes: Campeonato Brasileiro (1993), Torneio Rio-São Paulo (1993) e Campeonato Paulista 1993 e 94).
Na época, começou a ganhar as primeiras oportunidades na seleção brasileira. Passou uma temporada no Benfica (POR), em 1994-95, e outra no Kashiwa Reysol (JAP), em 1996-97.
Edílson retornou ao Brasil para defender o Corinthians, onde cairia nas graças da torcida. Foi campeão brasileiro (1998 e 99), paulista (1999) e do Mundial Interclubes (2000).
Em 1999, protagonizou uma pancadaria gigantesca no gramado do estádio do Morumbi ao fazer embaixadinha e parar a bola na nuca durante um clássico contra o ex-clube Palmeiras.
Formou um dos mais marcantes ataques da história corinthiana ao lado de Marcelinho Carioca e Luizão. Foi, para muitos, o nome mais importante da primeira conquista mundial da equipe.
O “Capetinha” acabou tendo uma saída turbulenta do Parque São Jorge e foi para o Flamengo, onde levantou a taça da Copa dos Campeões (2001) e do Campeonato Carioca (2001).
Em 2002, transferiu-se para Belo Horizonte e acertou com o Cruzeiro. Vestindo a camisa da Raposa, voltou a se destacar em campo no título da Copa Sul-Minas naquela temporada.
Quando parecia já ter chegado ao auge da carreira, foi chamado para defender a seleção brasileira e se tornou um dos campeões da Copa do Mundo de 2002 com Luis Felipe Scolari.
O atacante ainda passou por Vitória, Al Ain (Arábia Saudita), São Caetano, Vasco da Gama, Bahia e Taboão da Serra. Encerrou a carreira e voltou aos gramados algumas vezes.