Edmur Pinto Ribeiro

No dia 9 de setembro de 1929, nascia na cidade de Saquarema, no Rio de Janeiro, um dos jogadores brasileiros que mais acabaram se identificando com a torcida portuguesa: o atacante Edmur.

O craque não era muito alto, mas compensava a estatura com a força. Rápido e trombador, era especialista em confundir os adversários e raramente perdia uma chance na cara do gol.

Edmur Pinto Ribeiro iniciou a carreira no Flamengo, em 1948, passou pelo Canto do Rio, entre 1949 e 1951, mas começou a fazer sucesso mesmo com a camisa do Vasco da Gama.

Entre 1951 e 1953, brilhou ao lado de ídolos como Barbosa, Augusto, Bellini, Danilo, Friaça, Ipojucan, Ademir de Menezes, Vavá e Chico, que construíram o chamado “Expresso da Vitória”.

Defendendo as cores do cruzmaltino, foi campeão carioca em 1952 e acabou contratado pela equipe que havia deixado o Vasco da Gama com o vice-campeonato do Rio-São Paulo: a Portuguesa.

Edmur chegou a São Paulo para atuar em um esquadrão que tinha Djalma Santos, Brandãozinho, Julinho Botelho, Pinga e Simão. Não demorou para se entrosar e começar a ganhar espaço.

O atacante participou de duas grandes excursões ao exterior. Uma delas por países da América do Sul, em 1953, e outra fazendo exibições pelos gramados da Europa na temporada 1954.

As duas viagens renderam à Lusa duas premiações da “Fita Azul”. A condecoração era concedida pelo jornal ‘A Gazeta Esportiva’ a clubes brasileiros que permaneciam invictos no exterior.

O auge com a camisa rubro-verde, porém, viria em 1955. Como titular ao lado de Ipojucan – amigo dos tempos de Vasco da Gama – foi campeão do tão sonhado Torneio Rio-São Paulo.

Edmur foi o artilheiro daquela competição, com 11 gols. Um time que superou o Palmeiras na final, em dois jogos. Deixou a Lusa em 1958, após 179 jogos e uma marca incrível de 87 gols.

Ficou um ano no Náutico e decidiu ir jogar em Portugal. Fechou contrato com o Vitória de Guimarães, equipe em que se tornaria ídolo incontestável e um dos maiores artilheiros da história.

Na temporada 1959-60, foi goleador do Campeonato Português ao balançar as redes 25 vezes. Ganhou, com isso, a tradicional “Bola de Prata’, sendo o primeiro estrangeiro a conquistá-la.

Formou uma linha de ataque inesquecível ao lado de Ernesto e Carlos Alberto. Os craques ficaram conhecidos como o “Trio Maravilha”, que encantou os lusitanos por três temporadas.

Em 2007, quando se comemorava os 85 anos do Vitória de Guimarães, a diretoria inaugurou uma nova sala de troféus para o futebol e colocou nela o nome de “Sala Edmur”.

Entre 1961 e 1962, defendeu o Celta de Vigo (ESP) e foi campeão do Troféu Emma Cuervo. Ainda passou por Leixões (POR) e Deportivo Itália (VEN). Faleceu em 25 de setembro de 2007.