No dia 25 de outubro de 1948, nascia na cidade de São Paulo uma das grandes revelações da Portuguesa na década de 1960 e que se destacava pela velocidade: o ponta-direita Edu Bala.
Carlos Eduardo da Silva chegou às categorias de base da Lusa muito jovem, com apenas 15 anos, e ali foi sendo preparado para um dia ganhar uma oportunidade entre os profissionais.
Um dos primeiros treinadores que teve na Portuguesa foi o ídolo Brandãozinho, que na década anterior havia defendido até a seleção brasileira, e quem o deslocou de meia para ponta.
Edu despontou entre os profissionais em um elenco recheado de craques como Ivair, Leivinha, Basílio e Zé Maria. Na época, a Lusa tinha uma equipe jovem e que buscava títulos.
Não foi fácil conquistar espaço no time, que na frente tinha uma linha chamada de “Ataque Iê Iê Iê” em alusão à Jovem Guarda, formada por Ratinho, Leivinha, Ivair, Paes e Rodrigues.
Esse quinteto comandou, por exemplo, uma famosa excursão ao exterior em 1968. Foi um ataque que fez sucesso em São Paulo e virou curta-metragem produzido pelo Acervo da Bola.
Tão logo o “Ataque Iê Iê Iê” acabou, principalmente com as saídas de Ivair e Leivinha, o ligeiro Edu ganhou mais espaço. Chamou principalmente a atenção da imprensa.
Edu tinha muita velocidade. Quando lançado, dificilmente alguém o alcançava. Era um especialista em cruzamentos certeiros. E de vez em quando arriscava finalizações.
Ganhou do jornal “A Gazeta Esportiva” o apelido de “Bala” justamente pela velocidade. Ficou entre os profissionais da Lusa de 1967 a 1969, disputando 59 jogos (25 vitórias e 12 empates).
Depois, transferiu-se para o Palmeiras e fez parte da Academia de Futebol. Marcou época no alviverde jogando ao lado de Dudu, Ademir da Guia, Nei e César Maluco.
Foi um dos tantos jogadores da Lusa que fizeram sucesso no Parque Antárctica, seguindo a linhagem de Servílio, Julinho Botelho, Leivinha e tantos outros que trilharam o caminho.