No dia 4 de julho de 1946, nascia na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, um dos craques dos anos 1970 que foi do auge ao esquecimento em pouco tempo: o goleiro Ado.
Eduardo Roberto Stinghen iniciou a carreira no Londrina, onde chegou ao time profissional em 1966. Logo se tornou um dos ídolos da torcida e uma das promessas do futebol paranaense.
O goleiro ficou no LEC até 1969, quando foi contratado pelo Corinthians. Destacava-se pela agilidade, pelo excelente reflexo e também por um carisma que cativava a imprensa esportiva.
Ado chegou ao Parque São Jorge e logo ficou marcado como um “galã do futebol”. Era o típico goleiro alto e forte. Fazia muito sucesso entre as mulheres e, em campo, tudo ia bem.
Com a ausência do goleiro Lula, ele ganhou uma oportunidade do técnico Dino Sani de estrear como titular já em 1969. Ado tinha como característica fazer milagres justamente em clássicos.
Ainda jovem, foi chamado para a seleção brasileira e integrou a delegação da Copa do Mundo de 1970. O goleiro, porém, ficou na reserva do já experiente e bem experimentado Felix.
No entanto, nem mesmo a vivência de um título mundial fez com que o garoto amadurecesse. O relacionamento com a fama tirou o foco de Ado, que passou a ser notícia de outra forma.
Os jornais da época destacavam muito que ele ia a festas com frequência, chegava atrasado aos treinos e sempre com olheiras. Essa cisma fez com que a torcida pegasse no pé dele.
Até que, em 1971, uma falha em um clássico contra a Portuguesa causou a ira dos alvinegros e custou a titularidade de Ado. Uma contusão no punho só veio para piorar a situação.
Tentou retomar a titularidade em várias oportunidades, mas era também prejudicado pelo famoso jejum de títulos do Corinthians. Em 1974, teve o passe liberado para deixar o Timão.
O “galã catarinense” então passou a rodar por vários clubes, entre eles o America-RJ, o Atlético-MG, a Portuguesa, o Santos, no Ferroviário, no Fortaleza, no Bragantino e no Velo Clube.