Eurico Lara

No dia 24 de janeiro de 1897, nascia na cidade de Uruguaiana, no interior do Rio Grande do Sul, o jogador que se identificou tanto com o Grêmio que é citado até no hino: Eurico Lara.

“Lara, o Craque Imortal
Soube o seu nome elevar
Hoje, com o mesmo ideal
Nós saberemos te honrar”

Começou a jogar bola ainda na cidade-natal, perto da fronteira com o Uruguai, e ainda disseminou um boato que chegou até a capital: “quando aquele goleiro joga, o time não perde”.

Os primeiros passos no esporte foram no Exército, onde se tornou tenente. Conciliando a carreira militar com o futebol, que ainda vivia no amadorismo, chegou ao Grêmio em 1920.

Ficou famoso no Rio Grande do Sul não apenas pelos reflexos, pela elasticidade e pelas defesas plásticas, mas também por um caráter exemplar, uma honestidade rara e personalidade forte.

Foram 16 temporadas defendendo a meta do Grêmio, sendo neste período o maior ídolo da torcida. Conquistou o título do Campeonato Gaúcho por cinco vezes (1921, 22, 26, 31 e 32).

A fama ultrapassou as divisas do estado e chegou a São Paulo. Certa vez, convocado para representar a seleção gaúcha, brilhou em uma partida contra um combinado paulista.

O jogo ocorreu no estádio Palestra Itália, em São Paulo. Eurico Lara dfendeu mais de 20 finalizações daquele que era o maior astro do futebol brasileiro: o goleador Arthur Fridenreich.

Em 1935, já em fim de carreira e com sérios problemas no coração, foi a campo contrariando os médicos para defender o Grêmio na final do Campeonato Farroupilha.

O adversário? Claro, o Internacional. Eurico Lara fez aquela que, para a crônica esportiva, foi considerada a melhor exibição em toda a carreira. Terminou carregado pela torcida.

Meses depois, Eurico Lara morreu justamente por problemas cardíacos. Milhares de pessoas lotaram as ruas de Porto Alegre para o cortejo no dia 6 de novembro de 1935.

Imagem: Site Milton Jung