Ditão – Geraldo Freitas Nascimento

No dia 10 de março de 1938, nascia na cidade de São Paulo um dos melhores zagueiros do futebol brasileiro nos anos 1960 e que brilhou na Lusa e no Corinthians: o beque Ditão.

Geraldo Freitas Nascimento ganhou o mesmo apelido do pai, que havia sido jogador do Juventus. O início de carreira foi justamente na Rua Javari, onde passou de volante a zagueiro.

Foi contratado pela Portuguesa em 1958, quando o time passava a se reformular após o esquadrão que havia sido bicampeão do Torneio Rio-São Paulo e se tornado três vezes Fita Azul.

Não demorou para se tornar um dos jogadores preferidos da torcida, demonstrando muita vontade e carinho pela Lusa. Zagueiro sério e viril, estava sempre bem posicionado.

Ditão fez parte de diversas equipes memoráveis, tendo atuado ao lado de Djalma Santos, Servílio, Pampolini, Nair, Henrique, Felix, Orlando, Leivinha, Marinho Peres e Ivair, o “Príncipe”.

O zagueiro era chamado de “limpa área” pela imprensa. Disputou nada menos que 402 jogos com a camisa rubro-verde e chegou a ser convocado diversas vezes para a seleção brasileira.

Em 1966, seria chamado para a fase preparatória da Copa do Mundo. Porém, a então CBD errou na convocação e relacionou o irmão dele, também Ditão, que atuava no Flamengo.

A confederação preferiu não voltar atrás para evitar admitir o erro e Ditão ficou de fora daquele selecionado. No mesmo ano, foi negociado com o Corinthians e também se destacou.

Apesar de vestir a camisa alvinegra durante o jejum de títulos e de quase nunca marcar gols, virou referência da torcida pela raça e por sempre criar jogadas ensaiadas na bola parada.

Antes das cobranças, ele batia com a mão em um dos calcanhares e lançou uma marca registrada. Ditão dificilmente levava cartões e foi um dos implacáveis marcadores de Pelé.

Infelizmente, ficou marcado por uma fatalidade em uma partida contra o Cruzeiro. Em um chute para tirar a bola da defesa, acertou o olho de Tostão, que teve um descolamento de retina.

Tostão teve de encerrar a carreira precocemente. Ditão ainda defendeu o Paulista (SP) antes de encerrar a carreira. O craque faleceu no dia 1° de fevereiro de 1994.