No dia 9 de julho de 1940, nascia na cidade de Osasco, em São Paulo, um dos mais habilidosos jogadores que atuaram na ponta-direita em toda a história do futebol brasileiro: Jair da Costa.

Os primeiros passos dele no mundo da bola foram dados nas categorias de base da Portuguesa. Ainda jovem, começou a conquistar títulos antes mesmo de chegar aos profissionais.

A data de nascimento dele, aliás, sempre causou controvérsia. Há quem diga que ele nasceu em dezembro, mas adulterou a identidade para atuar nos juniores. Sempre que perguntado sobre o assunto, porém, tratou com muito bom humor e na piada.

Como júnior, foi campeão da Taça Vicente Feola e do Campeonato Nacional, além de se destacar na campanha de vice-campeã paulista da Lusa na categoria em 1960.

Após os excelentes desempenhos, chegou ao time principal como o melhor ponta-direita que a Rubro-Verde teve após a saída de Julinho Botelho na década anterior. E não decepcionou.

Jair da Costa teve como um dos principais mentores o craque Servílio, que brilhava no ataque lusitano daquela época. Não demorou para que o craque chegasse à seleção brasileira.

O ponta-direita foi convocado para a Copa do Mundo de 1962 e, apesar de ter sido reserva, despertou a atenção do futebol europeu. Logo após o torneio, foi contratado pela Inter de Milão.

A transação foi uma das mais vultosas da época, movimentando nada menos do que US$ 200 mil. Na Itália, Jair da Costa alcançou o auge na carreira e ficou por mais de dez anos.

Jair da Costa foi titular absoluto de um dos melhores times de toda a história da Inter de Milão, ao lado de Facchetti, Mazzola, Suárez, Picchi e Burgnigh. Todos comandados por Helenio Herrera.

Aquele esquadrão venceu a Liga dos Campeões nas temporadas 1963/64 e 1964/65. Na segunda decisão, Jair da Costa marcou o gol da vitória sobre o Benfica (POR) que rendeu o título.

Foi emprestado à Roma em 1967, mas ficou na Inter por pouco mais de uma década. Nesse período, conquistou ainda o Campeonato Italiano (1964/65, 1965/66 e 1970/71).

Jair da Costa retornou ao Brasil em 1972 para defender o Santos. Com a camisa alvinegra, foi campeão paulista em 1973, curiosamente naquele título dividido com a Portuguesa.

Em 1974, o craque saiu de novo do Brasil para jogar no Windsor Star, do Canadá. Ficou lá por dois anos e decidiu, então, encerrar a carreira. Passou a trabalhar com categorias de base.