No dia 11 de fevereiro de 1924, nascia no bairro da Mooca, em São Paulo, aquele que se tornou o maior artilheiro da história da Portuguesa: o ponta-esquerda José Lázaro Robles, o Pinga.
O craque seguiu os passos do irmão Arnaldo Robles, o “Pinga Fogo”, e decidiu ser jogador ainda muito jovem. O primeiro clube profissional a abrir as portas foi o Juventus (SP).
Arnaldo jogava na Portuguesa e indicou o irmão para fazer um teste. Logo foi aprovado e passou a atuar no mesmo elenco. José Lázaro foi apelidado de Pinga I e Arnaldo de Pinga II.
O mais velho deixou a Lusa anos depois e Pinga formou a mais famosa linha de ataque do clube ao lado de Julinho Botelho, Renato, Nininho e Simão. Participou do maior esquadrão lusitano.
Pinga não demorou a se tornar ídolo da torcida. Encantava as arquibancadas com dribles rápidos, curtos e um chute certeiro. O pé canhoto, fuzilante, quase nunca errava a direção do gol.
Rodou a Europa em excursões com a Portuguesa em 1951 e voltou com a primeira Fita Azul. Também foi artilheiro da conquista do Torneio Rio-São Paulo em 1952.
Essas conquistas são retratadas em ‘Rubro-Verde Espetacular’, filme produzido pelo Acervo da Bola, que narra as façanhas do maior esquadrão da história da Lusa:
O craque ficou na Rubro-Verde de 1944 a 1953, disputando um total de 270 partidas. Foram 156 vitórias, 41 empates e 73 derrotas. É o maior artilheiro da história do clube com 202 gols.
Pinga era presença constante nas convocações da seleção brasileira. Conquistou o Pan-Americano de 1952, no Chile, o primeiro título da equipe canarinho no exterior.
Também fez parte do elenco que disputou a Copa do Mundo de 1954. Faleceu no dia 8 de maio de 1996.