No dia 25 de fevereiro de 1935, nascia no litoral paulista o bicampeão mundial pelo Brasil e segundo maior artilheiro da história do Santos: o ponta-esquerda Pepe, o “Canhão da Vila”.
Enquanto jogador, José Macia defendeu apenas o alvinegro praiano ao longo de toda a carreira. Foram, ao todo, 750 partidas disputadas e impressionantes 405 gols marcados.
Em 15 anos de Vila Belmiro, o ponta-esquerda conquistou títulos em praticamente todos os campeonatos que disputou. E, além disso, ainda quebrou recordes do futebol brasileiro.
Pepe fica apenas atrás de Pelé na lista de maiores goleadores da história do Santos. Ele sempre disse que é o “maior artilheiro humano” do clube, já que o “Rei” seria “de outro planeta”.
O ponta-esquerda é recordista em taças do Campeonato Paulista, com 11 conquistas nos gramados (1955, 56, 58, 60, 61, 62, 64, 65, 67, 68 e 69). Como técnico, foram mais dois títulos.
O craque também é o maior campeão da história do Campeonato Brasileiro. Foram nada menos que seis troféus como atleta ( 1961, 62, 63, 64, 65 e 68) e um como treinador.
Pepe fez parte da maior linha de ataque da história do Santos, ao lado de Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pelé. Integrou, portanto, o maior esquadrão que o time de Vila Belmiro já teve.
Foi bicampeão da Copa Libertadores e do Mundial Interclubes em 1962 e 1963. O ponta-esquerda teve, portanto, presença constante nas convocações para a seleção brasileira.
O craque foi campeão do mundo em 1958 e 1952 com a camisa canarinho. Infelizmente, em razão de contusões, atuou como reserva de Zagallo em ambas as oportunidades.
Ainda representando o Brasil, acumula no currículo os títulos da Taça do Atlântico (1956 e 60), a Copa Rocca (1957 e 63), a Taça Oswaldo Cruz (1961 e 62) e a Taça Bernardo O’Higgins (1961).
Pepe atuou como jogador profissional entre 1954 e 1969, quando decidiu se tornar técnico. À beira do gramado, teve o mesmo sucesso de quando desfilava pela ponta-esquerda.
Além do próprio Santos, dirigiu grandes clubes como Atlético-MG, Náutico, São Paulo, Portuguesa, Guarani, Atlético-PR, Coritiba e Ponte Preta. Também conquistou importantes títulos.
No Fortaleza, foi campeão cearense em 1985. Na Inter de Limeira, ganhou o histórico Campeonato Paulista de 1986. No Santos, garantiu a taça estadual ao lado da Lusa em 1973.
Já no São Paulo, comandou a equipe campeã brasileira em 1986. No Verdy Kawasaki, do Japão, foi campeão nacional na temporada 1991-92. Ainda atuou em Portugal, Peru (seleção) e Catar.
Imagens: Futebol Interior, Baú dos Campeões e Futebol de Todos os Tempos