Garrincha – Manuel dos Santos

No dia 28 de outubro de 1933, nascia na cidade de Magé, no Rio de Janeiro, aquele que é considerado por muitos o melhor ponta-direita da história do futebol, o mais célebre driblador, o craque mais irreverente, o dono das fintas mais desconcertantes.

Garrincha, o eterno “Anjo das pernas tortas”, cantado em verso e prosa por Vinicius de Moraes:

“A um passe de Didi, Garrincha avança
Colado o couro aos pés, o olhar atento
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento.

Vem-lhe o pressentimento; ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz, entre seus pés — um pé de vento!

Num só transporte a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.

Garrincha, o anjo, escuta e atende: — Goooool!
É pura imagem: um G que chuta um o
Dentro da meta, um l. É pura dança!”

Ídolo do Botafogo entre 1953 e 1965, conquistou três cariocas e três Rio-São Paulo. Presença marcante na seleção brasileira, comparado a Pelé, ganhou a Copa do Mundo em 1958 e 1962.

“Mané”, “A alegria do povo”, “O Rei dos Reis”. Corinthians, Portuguesa-RJ, Atlético Junior (COL), Flamengo, Olaria-RJ e Millonários (COL) foram premiados com a honra de tê-lo em campo. Faleceu em 20 de janeiro de 1983.