No dia 30 de novembro de 1955, nascia na capital paulista aquele se tornou um dos meias mais marcantes do São Paulo e um dos técnicos mais vitoriosos do país: Muricy Ramalho.

O gosto pelo futebol e o convívio com craques de bola vieram de família, já que o pai de Muricy era um dos mais conhecidos jogadores da várzea paulistana: Marinho Ramalho.

Nos campos do bairro de Pinheiros o talento do garoto foi descoberto pelo ídolo palmeirense Valdemar Carabina, que resolveu levar Muricy para um teste no São Paulo.

Não demorou para que ele se tornasse destaque nas categorias de base do Tricolor. Em 1971, começou a treinar entre o time profissional a pedido do técnico Osvaldo Brandão.

Com 16 anos, foi emprestado para o Pontagrossense, do Paraná, onde adquiriu experiência ao jogar com Paulo Borges e Benê (ídolos com grande passagem pelo Corinthians).

Voltou ao Morumbi para entrar na história. Passou a ficar marcado pelos toques de efeito e pelo domínio de bola. Isso sem contar os cabelos compridos e a cara de poucos amigos.

Teve alguns desentendimentos com o técnico José Poy, mas logo passou a ser considerado um dos grandes nomes do time. Foi crucial na campanha do título paulista de 1975.

Em 1977, veio a primeira grande contusão. Muricy assistiu dos bastidores ao título brasileiro do São Paulo no ano seguinte. Em 1979, acabou negociado com o Puebla, do México.

No exterior, sagrou-se campeão mexicano em 1983. No outro ano, voltou ao Brasil para defender o America-RJ. A série de contusões, porém, forçou o fim da carreira aos 30 anos.

Muricy então virou um treinador respeitado e vencedor, com muitas das características dos gramados. Como jogador, vestiu a camisa tricolor 177 vezes e marcou 26 gols.