Em 25 de setembro de 1918 nascia na capital gaúcha um dos principais defensores do futebol brasileiro antes da conquista da primeira Copa do Mundo: o zagueiro e lateral-esquerdo Noronha.
Despontou como profissional no Grêmio, onde foi lapidado e conquistou quatro campeonatos estaduais. Iniciou com o pé direito e levantou a taça em 1935, 1937, 1938 e 1939.
Logo despertou os olhares paulistas e foi contratado pelo São Paulo. Formou um dos mais marcantes trios defensivos da história do Tricolor ao lado de Rui e Bauer.
Foi um dos atletas a participarem das primeiras conquistas estaduais do time do Morumbi. Nascido para vencer, ficou com a faixa de campeão em 1943, 1945, 1946, 1948 e 1949.
Naquela época, Noronha era figurinha carimbada na seleção brasileira. No título do Campeonato Sul-Americano de 1949, participou de sete das oito partidas disputadas.
Fez parte do elenco canarinho na Copa do Mundo de 1950, tendo sido reserva de Bigode. Jogou apenas no empate por 2 a 2 com a Suíça, no Pacaembu, em que os “paulistas” foram a campo.
Chegou à Lusa em 1951, participando da conquista da primeira Fita Azul. Foram 12 jogos sem perder na Turquia, na Suécia e na Espanha. Em 1952, sagrou-se campeão do Rio-São Paulo.
Encerrou carreira em 1955 no Clube Atlético Ypiranga, de São Paulo. Ainda foi treinador de Portuguesa, Juventus e São Bento. Noronha faleceu no dia 27 de julho de 2003.