Oscar Sales Bueno Filho – Dicá

No dia 13 de julho de 1947, nascia na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, o dono de um dos pés direitos mais certeiros e mortais do futebol brasileiro: o meia-atacante Dicá.

Sempre com cobranças milimetricamente perfeitas, consagrou-se no futebol como um exímio cobrador de faltas. O craque era também um excelente armador, com passes impecáveis.

O apelido de Oscar Sales Bueno Filho gera controvérsia. Uns dizem que ele gostava de jogar no time “de cá” da rua, outros falam que, um dia, perguntaram se ele era o irmão “de cá” na foto.

Dicá passou a se destacar ainda no futebol amador, defendendo o Santa Odila, equipe da cidade. Despertou o interesse dos dois grandes, Guarani e Ponte Preta, que queriam ficar com o meia.

A paixão do pai pela Macaca fez o jogador optar pelo estádio Moisés Lucarelli. Foi lançado pelo técnico Cilinho entre os profissionais e, em 1969, foi campeão da segunda divisão paulista.

No ano seguinte, a Ponte Preta dividiu a ponta do Campeonato Paulista palmo a palmo com o São Paulo, perdendo e ficando para trás em um confronto direto já na reta final da competição.

O meia foi uma das revelações do torneio e acabou sendo emprestado ao Santos. Não conseguiu se firmar e, em 1972, foi novamente emprestado. Desta vez para a Portuguesa.

Dicá se intercalou no meio-campo lusitano ao lado de Basílio, Wilsinho e Xaxá. Fez parte do elenco campeão paulista de 1973, o primeiro título conquistado na carreira profissional.

Após aquela taça dividida com o Santos, no polêmico “erro” do árbitro Armando Marques, o meia ainda foi importante no vice-campeonato estadual de 1975, contra o São Paulo.

O craque ficou na Rubro-Verde até o início de 1977, quando voltou para a Ponte Preta. Formou um trio inesquecível com Vanderlei e Marco Aurélio naquele vice paulista contra o Corinthians.

Em 1979, o jogador teve a mesma sina e novamente ficou em segundo lugar no Campeonato Paulista, sendo superado pelo Corinthians. Mesmo assim, tornou-se ídolo na Macaca.

Dicá é considerado o maior nome da história da Ponte Preta. Marcou nada menos que 154 gols. Deixou o clube em 1986 e encerrou a carreira no Araçatuba (SP) um tempo depois.