No dia 27 de setembro de 1944, nascia na cidade de Antonina, no interior do Paraná, um dos goleiros que entraram para a história do futebol brasileiro: o preciso e elástico Raul Plassmann.
O jogador despontou nas categorias de base do Atlético-PR, mas chegou aos profissionais mesmo enquanto vestia a camisa do Coritiba em 1964. Foram anos de muitas mudanças.
Raul Guilherme Plassmann fechou com o São Paulo naquele mesmo ano, mas, pouco aproveitado, tentou a sorte no Nacional (URU). No entanto, a carreira no exterior também não vingou.
Em 1965, finalmente o goleiro se firmou, desembarcando em Belo Horizonte para defender o Cruzeiro. Foram 13 anos ininterruptos defendendo a Raposa e acumulando diversos títulos.
Com a tradicional camisa amarela, fugindo do padrão da época, foi o autor das defesas mais plásticas e milagrosas já vistas pela torcida celeste. Logo se tornou ídolo e líder em campo.
Raul foi campeão mineiro nada menos que nove vezes (1965, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 74, 75 e 77), além dos inéditos Campeonato Brasileiro (1966) e Copa Libertadores (1976).
O arqueiro virou uma espécie de talismã do torcedor cruzeirense, que não era capaz de sentir confiança no time sem encontrar o ídolo com a camisa amarela. Camisa, aliás, que se eternizou.
Em 1978, Raul Plassmann mudou de clube para defender o Flamengo. Mal sabia ele que também faria muito sucesso e acabaria se tornando ídolo de uma segunda torcida brasileira.
Fez parte daquele esquadrão que tinha Zico, Júnior, Leandro, Tita e Andrade. Foi campeão carioca (1978, 79 e 81), brasileiro (1980, 82 e 83), da Libertadores (1981) e do Mundial (1981).
Em toda a carreira, disputou 17 partidas pela seleção brasileira entre 1975 e 1980. Ficou próximo de disputar a Copa do Mundo de 1982. Tornou-se comentarista, treinador e dirigente.