Renato Gaúcho

No dia 9 de setembro de 1962, nascia na cidade de Guaporé, no interior do Rio Grande do Sul, um craque marcado pela fama de goleador e de briguento: o ponta-direita Renato Gaúcho.

O jogador sempre se notabilizou por ser artilheiro e marcar gols decisivos nos clubes que defendeu. Habilidoso e oportunista, também tinha uma personalidade forte e muito polêmica.

Renato Portaluppi foi revelado nas categorias de base do Esportivo, da cidade gaúcha de Bento Gonçalves, sendo contratado pelo Grêmio, de Porto Alegre, ainda jovem.

Chegou aos profissionais em 1982, não demorando para assumir a titularidade e se destacar. Foi crescendo ao lado de Mazaropi, Hugo de León, China, Caio, Mário Sérgio e Paulo Cézar Caju.

Sob o comando do técnico Ênio Andrade, foi campeão da Copa Libertadores e marcou os dois gols na vitória por 2 a 1 sobre o Hamburgo que deu ao Grêmio o título do Mundial Interclubes.

Escolhido o melhor atacante do torneio intercontinental, retornou ao Brasil com moral para ainda ser bicampeão gaúcho (1985 e 86), sendo convocado para a Copa do Mundo de 1986.

No entanto, a fama de festeiro fez com que ele fosse cortado pelo técnico Telê Santana por indisciplina. Mesmo assim, recebeu uma excelente proposta do Flamengo e acertou a ida em 1987.

Formou então uma dupla de ataque inesquecível com Bebeto. Foi eleito o melhor jogador da Copa União daquele ano, quando o time da Gávea conquistou o título do Módulo Verde.

Renato Gaúcho passou uma temporada na Roma (ITA), em 1988, voltando ao Flamengo. Ao lado de Bobô e Gaúcho, levantou pela primeira vez a taça de campeão da Copa do Brasil em 1990.

Convocado para a Copa do Mundo daquele ano, acabou sendo escalado pelo técnico Sebastião Lazaroni para a reserva de Careca e Müller. Chegou a entrar em apenas uma partida.

Em 1991, trocou o Flamengo pelo Botafogo. Não foi tão bem, acabou emprestado por três meses ao Grêmio, voltou e se envolveu em uma enorme polêmica com a torcida.

Após o time da Estrela Solitária ser eliminado pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro de 1992, foi flagrado no churrasco de comemoração rubro-negra ao lado do amigo Gaúcho.

Naquele mesmo ano, acabou indo para o Cruzeiro e voltou a se dar bem dentro dos gramados. Ajudou o clube a ser campeão mineiro e da Supercopa Libertadores ainda em 1992.

Depois de passagens mais apagadas por Flamengo e Atlético-MG, fechou contrato com o Fluminense em 1995. Mal sabia ele que se tornaria ídolo da torcida tricolor por uma jogada inesquecível.

Na decisão do título carioca daquele ano, marcou um gol de barriga no ex-clube Flamengo colocando o Flu em vantagem no placar: 3 a 2. Taça, festa e idolatria para Renato Gaúcho.

O ponta-direita ainda voltou ao Flamengo e encerrou a carreira no Bangu em 1999. Depois de decidir pendurar as chuteiras, resolveu se tornar treinador de futebol. Porém, sempre polêmico.