No dia 16 de março de 1924, nascia na cidade do Recife um dos melhores e maiores craques do inesquecível esquadrão da Lusa na década de 1950: o ponta-esquerda Simão.
Pedro Simão de Aquino Araújo iniciou carreira no Sport em 1943 e foi campeão estadual já na primeira temporada. Não demorou para despertar a atenção de dirigentes grandes clubes, entre eles a Portuguesa.
A crônica esportiva chamava atenção para a rapidez dele em campo. Não a toa foi apelidado como “o velocista do Recife”. Dono de chutes potentes, driblava quem via pela frente.
Foi contratado pela Rubro-Verde em 1947 e logo se tornou destaque da equipe. Tanto que, dois anos depois, passou a ser presença garantida nas convocações da seleção brasileira.
Em 1949, foi titular na conquista canarinho do Campeonato Sul-Americano. Foram 14 partidas disputadas e cinco gols marcados, incluindo os determinantes para o título da seleção.
Vestindo a camisa rubro-verde, formou em seguida uma linha de ataque que não sai da memória de nenhuma geração de lusitanos: Julinho Botelho, Renato, Nininho, Pinga e Simão.
Foi um dos líderes da conquista da primeira Fita Azul em 1951, quando a Lusa percorreu a Europa invicta e ainda ficou com a Taça San Isidro, vencendo o Atlético de Madri (ESP) no aniversário da capital espanhola. Essa excursão é tema de ‘Rubro-Verde Espetacular’, filme produzido pelo Acervo da Bola:
Simão ainda foi campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1952 e era um dos mais experientes jogadores da equipe. Saiu da Lusa como um astro no fim da temporada para jogar no Corinthians.
O craque ainda foi campeão paulista do IV Centenário no Parque São Jorge (1954) e passou pelo São Bento antes de encerrar a carreira. Morreu em São Caetano do Sul, em São Paulo.