No dia 2 de janeiro de 1951, nascia na cidade de Garça, no interior de São Paulo, o goleiro daquela que é considerada uma das seleções brasileiras mais técnicas da história: Waldir Peres.
Alto, magro, bom de “catimba” e com um excelente reflexo, começou a jogar bola ainda na cidade natal. Atuando no time de Garça, teve a oportunidade de ir para Campinas, defender a Ponte Preta.
Na Macaca, chegou aos profissionais e passou a chamar atenção dos grandes clubes principalmente no Campeonato Paulista. Ficou na equipe campineira de 1970 a 1973.
Se no interior paulista já era considerado uma promessa, vingou e despontou mesmo vestindo a camisa do São Paulo. Waldir chegou ao Morumbi ainda em 1973 e logo se firmou.
Tanto que no ano seguinte, com a contusão do goleiro reserva Wendel, foi convocado para integrar a delegação brasileira na Copa do Mundo. A estreia, porém, viria em 1975.
Waldir Peres não demorou a se tornar ídolo da torcida são-paulina, sendo sinônimo de segurança e liderança. Foi campeão paulista (1975, 80 e 81) e campeão brasileiro (1977).
As finais do Paulistão de 1975 e do Brasileirão de 1977 foram decididas justamente nos pênaltis. E, claro, Waldir Peres foi crucial para desequilibrar o confronto e garantir as taças.
Em 1978, foi novamente convocado para a Copa do Mundo, mas novamente ficou no banco. A boa fase na canarinho veio mesmo com o técnico Telê Santana, a partir de 1981.
Mesmo superando as críticas, já que Leão vivia um excelente momento, substituiu o contundido Carlos à altura e garantiu a titularidade na disputa das eliminatórias para a Copa de 1982.
Em um amistoso contra a Alemanha, quando o Brasil vencia por 2 a 1, defendeu dois pênaltis de Paul Breitner. O craque alemão jamais havia desperdiçado uma penalidade máxima e teve ainda duas chances, já que o juiz mandou voltar a cobrança.
Participou da Copa do Mundo de 1982, naquela que é considerada uma das mais técnicas seleções brasileiras de todos os tempos. O resultado, porém, não foi dos melhores.
Saiu do São Paulo em 1984 após 617 partidas, passando por America-RJ, Guarani e Corinthians. No Parque São Jorge, disputou a temporada de 1987 e foi vice-campeão paulista contra o São Paulo.
Em 1988, Waldir Peres defendeu a Portuguesa ao lado dos ídolos Capitão e Zenon. Voltou à Ponte Preta para encerrar a carreira em 1989. Morreu no dia 23 de julho de 2017.
Imagens: Meu Timão, Jogos do SFPC, CBF.