Walter Casagrande Júnior

No dia 15 de abril de 1963, nascia na cidade de São Paulo um dos jogadores que mais se identificaram com a alma corinthiana e que se tornou ídolo: o atacante Walter Casagrande.

Formado na categoria de base alvinegra, o jogador enfrentou problemas com alguns treinadores no time profissional. Em 1981, sob o comando de Osvaldo Brandão, foi emprestado à Caldense (MG). Em 1984, com Jorge Vieira, jogou no São Paulo.

A personalidade forte foi uma característica que despontou desde cedo. Logo ficou conhecido por ser teimoso, não aceitar ordens e gostar de aproveitar as festas nas horas de folga.

No entanto, foi mesmo no Parque São Jorge que se consagrou como craque. Fez parte da chamada “Democracia Corinthiana”, time que encampou a campanha das “Diretas Já” no país.

Ao lado de Wladimir, Zenon, Biro-Biro e Sócrates, formou uma das mais temidas linhas de ataque da história do Timão. Foi coroado com o título do Campeonato Paulista em 1982 e 1983.

Casagrande era perseguido por ser um jogador desengonçado, trombador, de um futebol pouco refinado. Porém, evoluiu muito tecnicamente ao longo da carreira e calou os críticos.

Tanto que, em 1986, foi lembrado pelo técnico Telê Santana na convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo. Foi destaque mesmo na reserva de Careca e Muller.

Não a toa, Casão foi contratado pelo Porto (POR) no mesmo ano. Fez parte do elenco histórico que venceu a Liga dos Campeões da Europa em 1987, um título até então inédito para o clube.

Entre 1988 e 1991, o atacante defendeu o Ascoli (ITA) e voltou a despontar no Torino (ITA). Em 1992, foi artilheiro da equipe e chegou à final da Copa da UEFA, sendo vice.

Casagrande voltou ao Brasil, passou pelo Flamengo (1993), retornou ao Corinthians (1994), atuou no Paulista-SP (1995) e encerrou a carreira no São Francisco-BA (1996).

O ídolo se tornou comentarista esportivo e ganhou destaque na TV. Enfrentou problemas com drogas, mas superou a dependência e também passou a dar palestras a jovens.