Xaxá – Maximiliano Rodrigues Lopes

No dia 27 de dezembro de 1951 nascia na cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo, um habilidoso ponta-direita que virou até super-herói da torcida lusitana: o craque Xaxá.

Maximiliano Rodrigues Lopes começou a jogar bola na várzea até ser levado para as categorias de base da Portuguesa Santista, onde se destacou e chegou aos profissionais.

Baixinho e muito rápido, logo passou a chamar atenção pelo excelente domínio de bola e pelos dribles de derrubar qualquer zagueiro. Começou, na verdade, como meia.

Ainda na Briosa, Xaxá chegou a despertar o interesse do São Paulo. No entanto, a rubro-verde de Santos pediu muito pelo passe da jovem revelação e o negócio não vingou.

Foi apenas com a insistência do técnico João Avelino, da Portuguesa de Desportos, que Xaxá deixou a co-irmã Santista. A transação envolveu grandes valores.

Xará chegou à Lusa em 1972 nos primeiros jogos do estádio do Canindé, recém-inaugurado. Pegou o período de reformulação do elenco após a “Noite do Galo Bravo”.

Em meio a uma sequência de tropeços, o presidente Oswaldo Teixeira Duarte resolveu demitir seis craques: Piau, Lorico, Héctor Silva, Samarone, Ratinho e Marinho Peres.

Na Lusa, Xaxá passou a jogar como ponta-direita e logo conquistou a torcida. Tanto que virou herói em uma revista de quadrinhos que o clube tinha para os torcedores-mirins.

O “Super Xaxá” era um pesadelo para qualquer adversário. O ponta-direita se tornou um dos principais nomes do time do técnico Otto Glória em 1973, encantando o futebol paulista.

Ao lado de Wilsinho, Cabinho, Basílio e Enéas, foi campeão da Taça São Paulo e do Campeonato Paulista naquele ano – no polêmico título dividido com o Santos no Morumbi.

Xaxá ainda foi vice-campeão paulista em 1975 e, no ano seguinte, deixou a Lusa para defender o Londrina. Em 1977, o time paranaense fez bonito no Campeonato Brasileiro.

Passou pelo Juventus-SP e pelo Vasco da Gama, onde encontrou novamente Otto Glória. Ainda atuou pelo Uberlândia-MG antes de pendurar as chuteiras.