José Alcino Rosa – Zé Alcino

No dia 8 de junho de 1974, nascia na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul, um dos mais carismáticos e marcantes goleadores do futebol gaúcho: o atacante Zé Alcino.

Ficou caracterizado como aquele centroavante com faro de gol, que estava sempre bem posicionado, fazia o pivô e fuzilava para as redes em qualquer chance. Um artilheiro de nascimento.

O jogador estreou no futebol profissional vestindo a camisa do São Borja, time da cidade natal, em 1992. Ficou na equipe por dois anos até ser emprestado ao Internacional de Porto Alegre.

Apesar de ter se projetado no Colorado, fez sucesso mesmo no rival Grêmio. A diretoria tricolor buscava um novo centroavante e comprou o passe do atleta, que ainda era do São Borja.

Zé Alcino ganhou espaço no Grêmio com a saída do ídolo Jardel, em 1996, e fez uma famosa dupla com Paulo Nunes. Os dois foram cruciais na conquista do Campeonato Brasileiro.

No ano seguinte, o artilheiro marcou gols importantes na campanha que rendeu ao Tricolor o título da Copa do Brasil. Era um dos preferidos do então técnico Evaristo de Macedo.

Como um amuleto de sorte, foi o goleador do Grêmio na Copa Libertadores de 1997. Depois do torneio, perdeu espaço para Guilherme e Maurício Pantera, vindos da Espanha.

No entanto, voltou a ser escalado como titular com a chegada do técnico Celso Roth em 1998. Aquele elenco deu trabalho no Brasileirão, que teve o Corinthians como campeão.

Fez parte dos elencos que ficaram com o título do Campeonato Gaúcho (1996 e 99), da Copa Sul-Minas (1999) e da Recopa Sul-Americana (1996), batendo o Independiente (ARG).

A partida que não sai da memória gremista, porém, ocorreu em 1999. Zé Alcino marcou nada menos que três gols na antológica vitória tricolor por 4 a 3 sobre o Flamengo no Maracanã.

Não a toa, passou a receber o apelido de “Zé do Maraca”. O bom desempenho rendeu ao atacante propostas da Europa. Entre 1999 e 2001, defendeu o Nancy Lorraine (FRA).

Apesar de não ganhar títulos, teve boas exibições e assinou com o FC International Shanghai, da China. Ficou por lá por quatro anos e ajudou o jovem clube a crescer no país.

De volta ao Brasil, passou por Brasil de Pelotas (RS), São José (RS), Esportivo (RS), Novo Hamburgo (RS) e Avenida (RS) antes de pendurar as chuteiras e encerrar a carreira de jogador.

Imagens: Figura Tricolor