No dia 18 de maio de 1949, nascia na cidade de Botucatu, no interior de São Paulo, um dos maiores craques e ídolos da história do Corinthians: o lateral-direito Zé Maria.
Tendo uma família de jogadores de futebol, deu os primeiros toques na bola ainda criança no Lajeado, time de uma das grandes fazendas de café na região em que morava.
Em 1963, foi levado para a Ferroviária, que na época era a principal equipe da cidade. Zé, que até então atuava como atacante, passou a jogar na lateral-direita.
Três anos mais tarde, foi levado a São Paulo para realizar testes na Portuguesa e agradou o técnico Wilson Francisco Alves. O treinador já havia visto Zé Maria na segunda divisão estadual.
Contratado pela Lusa, não demorou a assumir a titularidade após uma contusão do experiente Augusto. Vestindo a camisa rubro-verde, o jogador teve a chance de conhecer o mundo.
Participou de diversas excursões ao exterior, principalmente à Europa, naquele time que tinha o famoso “Ataque Iê Iê Iê”:
Ao lado de craques como Ivair, Leivinha, Ratinho, Paes, Basílio, Lorico e Marinho Peres, foi se destacando e ganhando as primeiras convocações para a seleção brasileira.
Em 1970, ainda na Portuguesa, o lateral-direito foi para a Copa do Mundo no México. Zé Maria foi reserva do capitão Carlos Alberto Torres, mas era considerado substituto a altura.
No mesmo ano, veio uma proposta do Corinthians, mas a direção da Portuguesa não quis negociá-lo. O pai de Zé Maria, que gerenciava a carreira dele, ficou furioso com a negativa.
Zé Maria se recusou a treinar e jogar, voltando a Botucatu ainda com contrato vigente. Depois de uma crise e muita briga, a Lusa abriu mão do atleta e vendeu para o time de Parque São Jorge.
Foi lá que o jogador se tornou o “Super Zé”. Símbolo da raça alvinegra, mesclava a técnica apurada com o estilo brigador. Chegou ao clube ainda no jejum de títulos.
Convocado novamente para a seleção brasileira, disputou a Copa do Mundo de 1974 como titular ao lado de Luís Pereira, Marinho Peres e Marinho Chagas. Voltou com prestígio.
No Corinthians, venceu o prêmio Bola de Prata da ‘Revista Placar’ em 1973 e 1977, ano em que foi destaque na conquista do Campeonato Paulista e o fim do jejum de títulos.
Foi ali que Zé Maria realmente se firmou como ídolo. Depois do fim do tabu, o craque ainda faturou os títulos estaduais de 1979, 1982 e 1983 sempre como exemplo de superação.
Com uma breve passagem pela Inter de Limeira (SP) em 1984, decidiu encerrar a carreira. Zé é considerado por muitos como o melhor lateral-direito da história corinthiana.
Imagens: Blog do Super Zé