No dia 31 de março de 1954, nascia na cidade de Tubarão, em Santa Catarina, um dos principais meias do futebol brasileiro nas décadas de 1970 e 1980: o craque Zenon.
O jogador iniciou carreira na própria cidade natal, vestindo a camisa do Hercílio Luz. Ainda muito jovem, tornou-se um dos destaques do time e despertou a atenção dos dirigentes do Avaí.
Zenon chegou à equipe de Florianópolis em 1973 e, no mesmo ano, foi um dos líderes da conquista estadual do clube. Ainda no Avaí, o atleta venceu o título catarinense de 1975.
O ídolo da torcida avaiana dominava o meio-campo, com passes precisos, lançamentos milimétricos e cobranças de falta sempre muito perigosas. Era um terror para as defesas adversárias.
A idolatria em Santa Catarina fez com que ele ficasse conhecido nos grandes centros do futebol. Em 1976, ele resolveu tentar a sorte em São Paulo e assinou contrato com o Guarani.
Em Campinas, ficou marcado como um dos principais jogadores do maior título da história do Bugre. O meia foi um dos melhores atletas do Brasileirão de 1978, vencido pelo time do interior.
Os torcedores do Guarani guardam na memória os gols de Zenon contra o Internacional e o Vasco da Gama. Porém, o mais importante veio na primeira partida da final contra o Palmeiras.
O gol não foi dos mais belos, mas foi crucial para aquela conquista. O meia foi para as redes de pênalti no jogo disputado no Morumbi. A taça viria no outro jogo, em Campinas.
Zenon ficou no Bugre até 1980, quando passou um ano no futebol árabe defendendo o Al-Ahli, e retornou ao futebol brasileiro para vestir a camisa do Corinthians.
O craque participou da famosa “Democracia Corinthiana” ao lado de Sócrates e Wladimir. No Parque São Jorge, os gols de falta contribuíram para os títulos paulistas em 1982 e 1983.
Foram mais de 300 jogos disputados pelo Timão até 1985, quando se transferiu para o Atlético-MG. Zenon, logo de cara, venceu duas edições seguidas do torneio estadual mineiro.
O meia ainda voltou ao Guarani e teve passagens por Portuguesa, Maringá (PR) e São Bento (SP) antes de encerrar a carreira. Zenon montou uma escolinha de futebol e se tornou comentarista.