Brasil pentacampeão do mundo (2002)

Brasil e Alemanha subiam ao gramado do estádio internacional de Yokohama, no Japão, para a disputa do título da Copa do Mundo. Naquele 30 de junho de 2002, o horário de Brasília marcava 8h da manhã.

Estavam em jogo nada menos do que seis taças mundiais, sendo quatro do lado brasileiro e duas do lado alemão. A canarinho tinha a chance de conquistar o maior número de títulos.

Se os europeus tinham Kahn no gol e Klose no ataque, os sul-americanos contavam com Marcos e Ronaldo. O último, aliás, aparecia com um corte de cabelo estranho, ao estilo “Cascão”.

O jogo, como se esperava, começou tenso. Klose, logo de cada, deu uma cotovelada em Edmilson e levou cartão amarelo. Roberto Carlos revidou em seguida e entrou forte em Schneider.

Os comandados do técnico Luis Felipe Scolari, porém, eram mais ofensivos. As duas primeiras chances claras de gol partiram dos pés de Ronaldinho Gaúcho, aos 18 e aos 28 minutos.

O lace mais perigoso veio nos últimos instantes de partida. Aos 44 minutos, Kléberson chutou forte e fez balançar o travessão da meta defendida pelo veterano e experiente Oliver Kahn.

Ainda houve tempo para, dois minutos depois, Roberto Carlos fuzilar para o gol. Kahn espalmou e a bola sobrou para Ronaldo na marca do pênalti. O goleiro alemão acabou levando a melhor.

O segundo tempo começou com sustos. A equipe do técnico Rudi Völler surgiu com duas grandes oportunidades. Jeremies tentou de cabeça, mas a bola desviou em Edmilson e saiu.

Logo depois, Neuville cobrou uma falta forte, Marcos espalmou e a bola foi para a trave.Os alemães voltavam muito mais ofensivos, marcando em cima e sufocando os brasileiros.

O time de Felipão, contudo, sabia como poucos apostar nos contragolpes. Aos 22 minutos, Ronaldo ganha uma dividida no meio e solta um passe açucarado para o meia Rivaldo.

O craque chuta de longe, o goleiro Oliver Kahn pega e solta. A bola sobra para Ronaldo, que não perdoa e marca. O sétimo gol do “Fenômeno” em nada menos que sete jogos naquele torneio.

Aos 34 minutos, o golpe de misericórdia. Kléberson partiu pela direita e lançou na entrada da área. Rivaldo, com a elegância de sempre, fez o corta-luz e deixou livre para Ronaldo.

O “Fenômeno” bateu no canto esquerdo de Oliver Kahn, ampliou o marcador e colocou as duas mãos na taça da Copa do Mundo. Um 2 a 0 que entraria para a história do jogador e da equipe.

Ronaldo se tornava, até então, o maior artilheiro da história dos mundiais. A Alemanha ainda teve uma chance de descontar com Bierhoff, mas o goleiro Marcos se manteve implacável.

O apito final do árbitro italiano Pierluigi Collina foi o sinal para a festa. Ronaldo foi eleito o melhor jogador daquela Copa do Mundo e o capitão Cafu eternizou o momento levantando a taça.

– Primeira fase:

03/06 – Brasil 2×1 Turquia

08/06 – Brasil 4×0 China

13/06 – Brasil 5×2 Costa Rica

– Oitavas de final:

17/06 – Brasil 2×0 Bélgica

– Quartas de final:

21/06 – Brasil 2×1 Inglaterra

– Semifinal:

26/06 – Brasil 1×0 Turquia

– Final:

30/06 – Brasil 2×0 Alemanha