No dia 31 de agosto de 1976, nascia na cidade de Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas Gerais, um brasileiro que rodou a Europa e foi campeão do mundo: o zagueiro Roque Júnior.
Com 1,86 m de altura, sempre impôs respeito aos adversários no campo de defesa. Com as famosas tranças no cabelo, era o ponto de segurança dos treinadores e da torcida na zaga.
José Vítor Roque Júnior iniciou a carreira no Santarritense, clube da cidade-natal. Ainda no interior paulista, passou pelo São José antes de finalmente ser descoberto pelo Palmeiras.
Viveu, no Parque Antárctica, o melhor momento da carreira nos gramados brasileiros. Chegou ao time alviverde em 1995 e, como reserva, já foi campeão paulista na temporada seguinte.
O zagueiro, que sempre jogou pela direita, foi disputando a titularidade a partir de 1997. Ganhou a confiança do técnico Luis Felipe Scolari e não deixou mais a equipe principal.
Foi um dos destaques nas conquistas da Copa do Brasil (1998), da Copa Mercosul (1998), da inesquecível Copa Libertadores (1999) e do Torneio Rio-São Paulo (2000).
As boas atuações deram a Roque Júnior a possibilidade de defender a seleção brasileira, para a qual começou a ser convocado ainda no Palmeiras, na campanha de 1999.
Em 2000, o zagueiro foi negociado com o Milan (ITA) e iniciou uma trajetória de sucesso na Europa. Foi onde ganhou notoriedade internacional e conquistou o respeito da torcida estrangeira.
O jogador foi campeão da Copa da Itália (2002-03), da Supercopa Europeia (2003) e da Liga dos Campeões (2002-03). Aquele ano, aliás, foi o mais marcante da carreira do craque.
Em 2002, Roque Júnior foi um dos convocados por Felipão para defender o Brasil na Copa do Mundo. Integrou aquela equipe que conquistou o pentacampeonato para o time canarinho.
Três anos depois, ainda com a amarelinha, tornou-se campeão da Copa das Confederações. O zagueiro ainda passou por Leeds (FRA), Siena (ITA), Leverkusen (ALE), Duisburg (ALE) e Al-Rayyan (QAT).
Retornou ao futebol brasileiro em 2008, justamente para atuar de novo no Palmeiras. Conseguiu tirar o clube de um jejum de títulos e levantar mais um troféu do Campeonato Paulista naquele ano.
O craque encerrou a carreira em 2010, no Ituano, salvando o clube de um rebaixamento no Paulistão com um gol na última rodada. Decidiu, então, tornar-se treinador de futebol.