No dia 3 de julho de 1939, nascia na cidade de Jaú, no interior de São Paulo, um dos brasileiros que mais fez sucesso na Itália e se tornou ídolo do Milan: o meia-atacante Ângelo Sormani.
Nascido em uma família de origem italiana, começou a jogar bola ainda criança na cidade natal. O primeiro clube a abrir as portas foi o XV de Jaú, de onde se projetou no mundo do futebol.
Sendo destaque da equipe interiorana, Sormani despertou a atenção dos dirigentes do Santos e foi levado para a Vila Belmiro em 1958. Na época, Pelé começava a brilhar nos gramados.
O meia-atacante passou a disputar uma posição no time titular com Dorval e chegou a jogar em algumas partidas. No entanto, surgiu uma oportunidade de ir para o futebol italiano.
Sormani uniu o útil ao agradável e fechou com o Mantova. Ficou no clube de 1961 a 1963, quando foi contratado pela Roma. Não demorou para conquistar o primeiro título da carreira.
Como titular e surpreendendo a imprensa local, foi campeão da Copa da Itália na temporada 1963/64. Logo veio o interesse dos cartolas para que ele se nacionalizasse italiano.
Com a facilidade da ligação familiar e já adaptado ao país europeu, ele aceitou a proposta e chegou a ser convocado para defender a Azurra em algumas oportunidades.
Sormani ainda passou pela Sampdoria antes de alcançar o auge na carreira, no Milan. Com a camisa “rossonera”, marcou geração e se tornou um dos maiores ídolos da história do clube.
Na temporada 1967/68, o atacante foi campeão italiano e da Copa dos Campeões da Europa. Já na jornada 1968/69, levantou a taça da Liga dos Campeões como um heroi da equipe.
A final foi disputada em Bruxelas, na Bélgica. Sormani marcou dois gols no 4 a 1 sobre o Ajax, da Holanda. Na ocasião, Cruyff estava começando a despontar no time adversário.
Sormani ainda foi campeão da Copa Intercontinental daquela temporada. Antes de encerrar a carreira, rodou por Napoli, Fiorentina e Vicenza. Nunca mais voltou a viver no Brasil.
Imagens: Portal Terceiro Tempo, Alchetron