Clube Atlético Juventus

O Clube Atlético Juventus nasceu nos galpões de uma das mais tradicionais fábricas de tecidos de algodão do bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, o Cotonifício Rodolfo Crespi.

Os funcionários da indústria disputavam partidas de futebol no início da década de 1920 e se dividiam em duas equipes: o Extra São Paulo Futebol Clube e o Cavalheiro Crespi Futebol Clube.

No dia 20 de abril de 1924, os times se uniram e deram início ao Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube. A sede ficava na Rua dos Trilhos e o uniforme era preto, vermelho e branco.

Em 1930, porém, o dono da fábrica, Rodolfo Crespi, resolveu mudar o nome, o escudo e as cores daquele time. Foi então que nasceu o Juventus, cujo nome foi inspirado no clube italiano.

Já as cores branca e grená foram emprestadas de outro clube da cidade italiana de Turim, o Torino. O time passou a ter como sede uma cocheira de cavalos da fábrica, na Rua Javari.

Naquele mesmo local o Juventus construiu o estádio que até hoje recebe as partidas do clube. Naquele mesmo ano de 1930, a equipe grená estreava na elite do futebol paulista.

Em uma vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, no Parque São Jorge, recebeu do jornalista Tomás Mazzoni o apelido que se tornou mascote: o famoso e simpático “Moleque Travesso”.

As primeiras conquistas não demoraram a vir. Em 1934, o Juventus foi campeão paulista amador e, em 1940, venceu o Torneio Relâmpago do Pacaembu, de inauguração do estádio.

A família Crespi se afastou da diretoria em 1950. O time sentiu o golpe e só foi se recuperar em 1953, quando excursionou por Itália, Espanha, Suécia, Alemanha, Suíça, Áustria e Iugoslávia.

Em 1960, o Juventus deu início à construção do clube social também na Mooca. Com piscinas, quadras poliesportivas, saunas e ginásios, tornou-se um dos principais clubes da cidade.

Ao lado da Portuguesa, liderava o ranking de clubes com mais sócios da capital paulista. Em 1974, o time de futebol venceu o Torneio do Japão, em Tóquio, ao derrotar a seleção do país.

O auge nos gramados, porém, veio em 1983. Em uma rara participação em torneios nacionais, o Juventus venceu a Taça de Prata – equivalente à segunda divisão do campeonato brasileiro – em uma final contra o CSA, de Alagoas, por 1 a 0.

Em 1985, um marco para outra grande característica do “Moleque Travesso”. O time levantou a taça da Copa São Paulo de Futebol Júnior, provando ser um celeiro de craques do estado.

O Juventus ainda foi campeão do Torneio Início em 1986, da segunda divisão do Campeonato Paulista em 2005 e da Copa Federação Paulista de Futebol em 1997.

Ao longo da história, o “Moleque Travesso” teve craques como Clóvis Nori, Nico, Buzzone, Brecha, Ataliba, Gino Orlando, Julinho Botelho, Lima, Felix, Milton Buzetto, Luizinho, Manfrini, Oberdan Cattani, Thiago Motta, Alex Alves e Wellington Paulista.

Imagens: Juventus