Associação Atlética Ponte Preta

No dia 11 de agosto de 1900, um grupo de estudantes esportistas do Colégio Culto à Ciência da cidade de Campinas, no interior de São Paulo, fundava a Associação Atlética Ponte Preta.

O nome remetia ao bairro em que a escola ficava, que tinha esse nome em razão de uma ponte de madeira construída em uma linha de trem. A cor vinha do piche para conservar a madeira.

A intenção daqueles jovens era desenvolver o futebol na região. O esporte era muito pouco conhecido à época, mas muito praticado pelos alunos no colégio. E a data não foi por acaso.

Em 11 de agosto de 1872, era fundada a ferrovia na qual estava localizada a famosa ponte. Um diferencial da Ponte Preta, desde o início, foi a diversidade étnica na direção e nos atletas.

Tanto entre os jogadores quanto entre os fundadores havia negros, que na maior parte dos clubes brasileiros demoraram a ser aceitos. O escudo do clube foi criado em 1908 inspirado em times alemães.

O primeiro título da Ponte Preta veio em 1912: a Liga Operária de Futebol de Campinas. Na época, o futebol ainda era muito pouco desenvolvido na cidade, mas passou a crescer a partir de então.

Uma das principais características que diferenciam a Ponte Preta é o uniforme. A camisa branca, com uma faixa preta na transversal, foi introduzida em 1944 após a profissionalização do clube.

A faixa corria da esquerda para a direita, porém, foi invertida em 1958. Nesses anos, começou a crescer a rivalidade com o Guarani, o outro grande clubes de futebol criado na cidade de Campinas.

Foi quando a Ponte Preta começou a despontar. Em 1945, o time teve o maior artilheiro da história do derby: o atacante Cilas. Ele marcou nada menos que nove gols entre 1941 e 1945.

O crescimento da equipe alvinegra se consolidou mesmo em 1948, quando os sócios e torcedores se uniram para a construção do estádio Moisés Lucarelli – nome de um grande benemérito.

Em 1952, a Ponte Preta se tornou o primeiro clube brasileiro a contratar jogadores estrangeiros. Os uruguaios Cabreira e Raul Dias foram levados a Campinas para reforçar o elenco.

Um dos títulos mais lembrados pela torcida pontepretana veio em 1969, quando a equipe ficou com a taça da divisão de acesso à elite do futebol paulista – time batizado de “Expresso da Vitória”.

Em 1970, a Ponte Preta se tornou um dos primeiros clubes a ter uma torcida organizada feminina: a Ponteras. O hino oficial surgiu em 1979, escrito pelo jornalista Renato Silva como um canto de arquibancada.

O chamado “ano de ouro” da Ponte Preta seria 1981, quando o clube foi vice-campeão paulista, campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior e dos estaduais juvenil e infantil.

Nessa mesma época, o time alvinegro teve em campo o maior ídolo em todos os tempos: o “mestre” Dicá. O meia teve duas passagens: entre 1966 e 1971, além de 1976 a 1986.

Em 1999, a Câmara Municipal de Campinas criou a Semana Pontepretana – comemorada anualmente na semana de aniversário do clube, com diversas homenagens ocorrendo na cidade.

A Ponte Preta teve, em 2001, o artilheiro do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. O artilheiro Washington anotou nada menos que 16 gols no primeiro e 11 gols no segundo torneio.

Em 2009, a Ponte Preta se sagrou campeã do interior paulista – um torneio criado como uma ramificação do Campeonato Paulista.

Entre os grandes ídolos estão Damião, Rodrigues, Sabará, Bruninho, Ciasca, Lapola, Roberto Pinto, Tuta, Valdir Peres, Nene Santana, Ruy Rey, Odirlei, Oscar, Polozzi, Jair Picerni, Juninho, Carlos, Marco Aurélio, Dadá Maravilha, Chicão, Raí e Mineiro.