No dia 5 de junho de 1955, a Portuguesa subia ao gramado do estádio do Pacaembu para enfrentar o Palmeiras em busca do segundo título na história do Torneio Rio-São Paulo.
Aquele time lusitano já não era o mesmo que havia conquistado a Tri-Fita Azul (1951, 53 e 54) em excursões pela Europa, mas ainda tinha jogadores em nível de seleção brasileira.
A equipe do técnico Délio Neves tinha como principais craques o goleiro Cabeção, o lateral-direito Djalma Santos, o volante Brandãozinho, o ponta Julinho Botelho e o meia-atacante Ipojucan.
A Lusa precisava vencer, afinal, havia empatado com o alviverde de Parque Antarctica por 2 a 2 na primeira partida. Os gols lusos foram de Edmur e Airton. Os palestrinos de Renatinho e Ivan.
Os dois clubes chegavam à grande decisão após terem empatado em pontos na primeira fase. Naquela tarde, o estádio do Pacaembu recebia um público de pouco mais de 40 mil pessoas.
A Portuguesa, porém, não tomou conhecimento do rival. Julinho Botelho abriu o placar aos 36 minutos do primeiro tempo, enquanto Ipojucan ampliou o placar aos 18 minutos da etapa final.
A torcida lusitana fez a festa tanto nas arquibancadas quanto nas ruas da região central de São Paulo. Na época, o Rio-São Paulo era considerado o único torneio de proporção nacional.
Naquele dia, a Rubro-Verde foi a campo com Cabeção, Nena, Floriano, Djalma Santos, Brandãozinho, Zinho, Julinho Botelho, Ipojucan, Aírton, Edmur e Ortega.
Já o Palmeiras, do técnico Cláudio Cardoso, teve Laércio, Manoelito, Mário, Belmiro, Valdemar Carabina, Gérsio, Renato, Humberto, Nei, Ivan e Rodrigues.
Vale lembrar que a Lusa estreou no campeonato com uma derrota por 3 a 1 para o Botafogo, mas se recuperou contra Corinthians (5 a 5), América-RJ (4 a 2), São Paulo, (2 a 0), Palmeiras (5 a 2), Santos (5 a 1), Fluminense (3 a 1), Flamengo (1 a 1) e Vasco da Gama (0 a 0).