Marinho Perez – Mario Perez Ulibarri

No dia 19 de março de 1947, nascia na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, um dos principais nomes que a Portuguesa teve na zaga em toda a história: Marinho Perez.

Formado nas categorias de base do São Bento, iniciou a carreira profissional no time da cidade natal. Aos 18 anos, já era titular absoluto e aparecia como um dos destaques do interior.

Após boas participações principalmente no Campeonato Paulista, passou a despertar os olhares de cartolas da capital. Em 1967, foi contratado pela Portuguesa e então deslanchou de vez.

Mario Perez Ulibarri tinha uma ótima noção de posicionamento, um preparo físico incrível, raramente perdia divididas, dava passes certeiros e se arriscava no ataque quando podia.

Na Lusa, integrou uma safra de jovens que fizeram sucesso. Jogou ao lado de Basílio, Zé Maria, Edu Bala, Leivinha e Ivair. Em 1968, fizeram uma excursão à Europa e às Américas.

Foram 13 partidas entre Itália, França, Alemanha, Iugoslávia, El Salvador e Peru. Aquele time da Portuguesa venceu nove jogos, empatou um e somou apenas três derrotas em toda a viagem.

O time ficou conhecido pela linha de frente, apelidada de “Ataque Iê Iê Iê” pela juventude e o sucesso da Jovem Guarda à época. Geração de craques lusos que virou filme do Acervo da Bola:

Marinho Perez ficou na Lusa até 1972, quando o presidente Oswaldo Teixeira Duarte protagonizou a famosa “Noite do Galo Bravo” e fez uma dispensa em massa no elenco rubro-verde.

Revoltado com a péssima fase da equipe, o folclórico mandatário demitiu metade do time titular: Marinho Perez, Hector Silva, Lorico, Piau, Ratinho e Samarone.

Na Lusa, entre 1967 e 1972, Marinho Perez disputou um total de 262 partidas. Foram 114 vitórias, 70 empates e apenas 78 derrotas. Ao todo, o defensor anotou 27 gols.

Foi então que o zagueiro ganhou uma chance no Santos. E não desperdiçou. Tanto que, em 1973, conquistou o título paulista. Aquela famosa taça divida contra a própria Lusa.

Depois de a final terminar empatada no tempo regulamentar e na prorrogação, o polêmico árbitro Armando Marques errou na contagem dos pênaltis e teve de declarar dois campeões.

Em 1974, Marinho Perez foi convocado para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo. Foi capitão da equipe e, apesar do mau desempenho do Brasil, chamou atenção no exterior.

Jogou ainda no Barcelona (ESP), no Internacional, no Galícia-BA, no Palmeiras e no America-RJ. Como treinador, foi destaque no Belenenses (POR) em 1989 e no Botafogo em 1997.