No dia 21 de julho de 1902, o esportista Oscar Alfredo Cox fundava no Rio de Janeiro um dos clubes pioneiros na popularização do futebol em território brasileiro: o Fluminense Football Club.
Filho de um esportista inglês, estudou na Europa e voltou ao Brasil com o objetivo de difundir um esporte até então desconhecido por aqui. Criou, para tanto, um time de cores branca e cinza.
O Fluminense nasceu como um clube da aristocracia carioca, que reunia as famílias da chamada alta sociedade do Rio de Janeiro. No entanto, não demorou a se tornar uma equipe de massa.
O branco, o verde e o encarnado foram adotados em 1904 pela falta de tecidos cinzas. E, com essas cores, o Tricolor venceu as quatro primeiras edições da história do Campeonato Carioca.
Na década seguinte, quando o futebol do Rio de Janeiro e de São Paulo começava a atrair grandes públicos, o Fluminense passou a levar muita torcida ao estádio nos títulos estaduais de 1917 a 1919.
Neste último ano, o Tricolor inaugurou o estádio das Laranjeiras, que passou a ser a casa da seleção brasileira. Em 1919 mesmo, o Brasil foi campeão do Sul-Americano, a atual Copa América.
O esporte, porém, ainda era amador e a maioria dos jogadores tinha de ser formada por sócios do clube. Os negros começaram a ser aceitos nos times apenas entre as décadas de 1930 e 1940.
A primeira grande glória veio em 1952, quando o Fluminense venceu a Copa Rio. A competição foi a primeira com caráter intercontinental, considerado por muitos um título mundial.
O clube superou Sporting, Grasshopper, Peñarol, Áustria Viena e Corinthians. A taça trouxe também os primeiros ídolos de massa, como Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e o técnico Zezé Moreira.
Os rivais cresceram, começaram a levantar taças cariocas e o grande desafio do Fluminense era vencer um título nacional. O mais memorável deles veio em 1970, a famosa Taça de Prata.
Com os milagres do goleiro Felix, o oportunismo do artilheiro Flavio e a estrela do jovem Mickey, o time ficou com a cobiçada taça. Dali para frente foram várias e várias conquistas nos gramados.
Ainda na década de 1970, a torcida presenciou um dos melhores esquadrões da história do clube: a “Máquina Tricolor”. Rivellino, Gérson, Carlos Alberto Torres e Paulo Cézar Caju faziam parte.
Os títulos mais marcantes daquela geração foram os estaduais de 1975 e 1976. A década seguinte trouxe o inesquecível “casal 20”, formado pelos eternos goleadores Washington e Assis.
Liderados por eles, o clube voltou a vencer o Campeonato Brasileiro em 1984. O Fluminense, porém, enfrentou muita turbulência política e financeira nos anos 1990, com fracas campanhas.
O Tricolor chegou a cair para a terceira divisão nacional, mas conseguiu contornar os problemas e se recuperar. Tanto que, em 2010 e 2012, voltou a ser campeão brasileiro. E, em 2007, da Copa do Brasil
Entre os principais ídolos no gol estão Batatais, Castilho, Felix, Paulo Vitor e Velloso. Na zaga, Altair, Assis, Duílio, Edinho, Pinheiro, Procópio, Galaxe e Thiago Silva.
Como laterais, Bigode, Branco, Cafuringa, Carlos Alberto Torres, Jair Marinho, Marco Antonio e Marinho Chagas. Na meia, Pintinho, Deco, Denílson, Dirceu, Gérson, Manfrini, Rivellino, Romerito e Samarone.
Já no ataque, uma linha de respeito com Ademir Menezes, Preguinho, Telê Santana, Assis, Ézio, Flavio, Ivair, Lula, Mickey, Russo, Paulo César Caju, Renato Gaúcho e os dois Washington.